Se por um lado o mundo se isola com medo da contaminação com o novo coronavírus, por outro esse confinamento tem proporcionado a oportunidade de milhões de pessoas refletirem sobre os aspectos espirituais por trás da pandemia, fazendo com que os cristãos possam exercitar com maior propriedade o evangelismo online.
Isso foi constatado pela organização Global Media Outreach, especializada nesse tipo de ministério. Walt Wilson, o fundador da entidade, explicou que o número de pessoas procurando informações sobre a fé nos motores de buscas das internet, como o Google, saltou consideravelmente por causa da pandemia.
“O medo é uma resposta natural a uma situação como essa que nenhum de nós já encontrou antes. O que estamos vendo são milhões de pessoas abertas a falar sobre fé diante do medo, e estamos começando a estar disponíveis para eles”, disse ele, segundo o Charisma News.
Outro presidente da entidade missionária, Jeff Gowler, destacou como o efeito da pandemia tem causado uma reação de busca por respostas nas pessoas. Diante deste cenário, muitos estão percebendo o quanto o ser humano pode ser frágil e dependente de Deus para entender o real sentido da existência, a qual não se resume ao planeta Terra.
“Com a incerteza sobre o COVID-19, nossos atendimentos pessoais passaram de 350.000 pessoas por dia, atingindo agora mais de 500.000. O único limite que enfrentamos é o custo financeiro de dizer às pessoas que estamos disponíveis através de anúncios de mídia online e social. Pessoas que lidam com medo e ansiedade precisam de conforto e apoio, e estamos aqui para ajudar”, disse ele.
Evangelismo nos cultos online
O evangelismo online também é feito através dos cultos que são transmitidos online em tempo real. No Brasil, uma das igrejas que também adotou esse modelo foi a Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), liderada pelo pastor e empresário Silas Malafaia.
No domingo do dia 22, o culto da ADVEC foi transmitido online para cerca de 20 mil pessoas, segundo o Guia-me. A tendência é que esse tipo de evangelismo se torne uma ferramenta cada vez mais adotada pelas igrejas, visto que alcança um grande número de pessoas, muito embora não substitua a necessidade do encontro presencial.