Em uma entrevista publicada no último dia 10 pelo jornal argentino La Nacion, o Papa Francisco fez algumas pontuações sobre a famigerada ideologia de gênero, argumentando motivos pelos quais ele a considera um grande perigo para a humanidade.
Questionado se estaria elaborando um documento específico sobre o assunto, o líder mundial da Igreja Católica disse que não, mas que faz explicações pontuais, buscando distinguir a ideologia de gênero das outras questões de natureza sexual.
“Sempre distingo o que é pastoral com pessoas que têm orientação sexual diversificada do que é ideologia de gênero. São duas coisas diferentes. A ideologia de gênero, neste momento, é uma das colonizações ideológicas mais perigosas”, afirmou o Papa.
Isso, porque, segundo Francisco, essa ideologia “vai além do sexual. Por que é perigoso? Porque dilui as diferenças, e a riqueza de homens e mulheres e de toda a humanidade é a tensão das diferenças.”
Segundo o Papa Francisco, essa alienação ideológica “está crescendo através da tensão das diferenças. A questão do gênero está diluindo as diferenças e tornando um mundo como ele, todo brusco, da mesma forma. E isso vai contra a vocação humana.”
Não é progresso
Diferentemente do que alguns podem imaginar, promover a falaciosa ideia de que uma pessoa pode “mudar de sexo” com base na forma como se sente não é progresso, acredita Francisco.
“Falo [sobre isso] porque há pessoas um pouco ingênuas que acreditam que esse é o caminho do progresso e não distinguem o que é respeito pela diversidade sexual ou várias opções sexuais do que é já uma antropologia de gênero, que é muito perigosa porque cancela diferenças e anula a humanidade, os ricos da humanidade, pessoal, cultural e social”, afirmou o Papa.
Em outra ocasião, Francisco também criticou a tentativa de alguns setores na Igreja Católica, como na Alemanha, de aceitar a prática homossexual. O líder católico reiterou que à luz da Bíblia a relação entre pessoas do mesmo sexo é pecado, mas que os homossexuais devem ser respeitados.
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