O papa Francisco sugeriu, durante seu sermão semanal na Praça São Pedro, que todos os animais vão para o céu quando morrem.
“As Sagradas Escrituras nos ensinam que a realização deste maravilhoso plano [de Salvação] abrange tudo o que está ao nosso redor, e que saiu do pensamento e do coração de Deus”, disse o pontífice católico, acrescentando que de acordo com o apóstolo Paulo, “todas as coisas foram criadas pela mente e no coração de Deus e tudo fará parte da sua glória final”, segundo informações do site italiano Resapubblica.
Perguntas sobre o céu após a morte, disse o papa, “não são uma coisa nova”, acrescentando que os fiéis não devem ter medo porque “o céu está aberto a todas as criaturas, e lá serão investidos pela alegria e amor de Deus, sem limites”.
Na sequência, Francisco disse que o plano da Salvação ajuda a vencer as tribulações terrenas pela esperança que inspira: “É tão bom pensar em estar cara a cara com Ele, que renasce a força da alma”.
As palavras de Francisco sobre o assunto foram além: “A ‘Nova Jerusalém’, o céu, ao invés de um lugar, é um estado de espírito através do qual se atinge a plena maturidade”, disse o papa.
A posição de Francisco sobre o tema não é unânime dentro da Igreja Católica. O papa João Paulo II, morto em 2005, tinha um pensamento parecido e afirmava que assim como os humanos, os animais também têm um “sopro divino”.
Já o antecessor de Francisco, o agora “papa emérito” Bento XVI, adotava uma postura mais conservadora, apesar de ser conhecido pelo amor que tem por gatos: “Para as outras criaturas que não são chamadas para a eternidade, a morte significa apenas o fim da existência na Terra, mas para nós o pecado cria um vórtice que ameaça afundar-nos para sempre, se o Pai que está nos céus não estender Sua mão”.