A passista de escola de samba que desfilou nua no carnaval do Rio de Janeiro, anunciada pela imprensa secular como evangélica, comentou a polêmica que envolveu seu nome e negou que professe a fé cristã protestante.
Tuane Rocha, 36 anos, desfilou pela Acadêmicos da Rocinha com os seios à mostra e um pequeno tapa-sexo. O carro alegórico que a transportou tinha uma cachoeira artificial, o que atraiu a atenção dos foliões e fotógrafos presentes na Marquês de Sapucaí.
Antes do carnaval, o jornal Extra – empresa do Grupo Globo – anunciou que a passista que recriaria uma cena dos desfiles de 1991 era evangélica, membro da igreja Projeto Vida Nova, e desfilaria nua com autorização de seu pastor.
Após a festa da carne, Tuane negou que tenha se identificado como evangélica para o jornal: “Claro que não sou. Jamais seria uma evangélica batizada e desfilaria assim, seminua. O que eu disse é que fui criada no Evangelho”, afirmou, em entrevista ao site Ego.
“Encarnei uma personagem e fui, mas já me disseram que ficou incrível”, comentou Tuane, revelando que o jornal carioca errou até em sua idade, já que a matéria apontava 34 anos para a passista.
Protestos
O pastor Silas Malafaia já havia se antecipado e dito que Tuane não era evangélica: “Esse negócio de dizer que é evangélico qualquer um pode falar. Ter carteirinha de membro de igreja não quer dizer nada, não. A pessoa para ser um evangélico autêntico tem que praticar a Palavra de Deus, que obedece. Não é porque gosta de ir na igreja”, comentou.
“Não é porque acha bacana, ou canta na igreja [que é evangélico]. Tem que viver o Evangelho”, frisou o pastor. “Lamento muito dizer, essa passista, pode ser qualquer coisa, menos evangélica, porque o testemunho dela contraria nossos princípios e o da Palavra”, concluiu.