Na madrugada do último sábado, 09 de junho, o pastor Gustavo Gonzaga da Silva, 44 anos, cabo da Polícia Militar, foi emboscado e assassinado em um bairro periférico da capital baiana. Ele deixou esposa e duas filhas.
Gonzaga foi emboscado por um grupo de moradores da região que o abordaram com tiros. O pastor, que estava em um carro, reagiu, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu. Os indivíduos, então, deceparam sua mão direita, língua e orelhas, além de arrancarem os olhos e a mandíbula. Por fim, efetuaram novos disparos contra sua cabeça.
Segundo informações do portal O Povo, a Polícia Militar divulgou nota lamentando a morte de Gonzaga e informando que ele parte da corporação há 22 anos, estando lotado na 4ª Cia. Saúde, do Batalhão de Guarda (BG) da Polícia Militar.
Em seu ministério pastoral, Gustavo Gonzaga da Silva dirigia uma congregação em Periperi, da qual era membro há 17 anos. Nos dias de folga, não costumava andar armado, segundo relatos dos colegas de trabalho.
Reação
Após a descoberta do corpo do pastor, a Polícia passou a fazer buscas no bairro para localizar os suspeitos, e durante uma busca, um homem conhecido como “Budigo” atacou os PMs e terminou morto pela equipe da Rondesp (Rondas Especiais).
O confronto aconteceu logo após o amanhecer, e junto ao corpo do suspeito, os policiais encontraram um revólver, munição e 35 pinos de cocaína. Os PMs que trocaram tiros com “Budigo” relataram que ele correu em sua direção efetuando disparos. Após ser atingido, ele foi socorrido e levado ao Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu.
“Seguimos operando no bairro, com reforço de unidades especializadas, em busca de mais integrantes da quadrilha”, declarou o comandante do Policiamento na Região Integrada de Segurança Pública (Risp) Atlântico, coronel Francisco Kerjean.
O delegado Odair Carneiro, que coordena uma Força Tarefa que investiga morte de policiais em Salvador, testemunhas apontaram “Budigo” como integrante do grupo que assassinou o PM/pastor Gonzaga com requintes de crueldade: “Estamos no início da investigação. Não descartamos a participação de outros indivíduos”, resumiu.