O polêmico pastor Ed Young atraiu atenções ao dizer que iria “batizar” cópias do livro “50 Tons de Cinza” para evitar que os leitores caíssem em “uma armadilha” e fossem aos cinemas ver o filme que estreará nos próximos dias.
O livro, de conteúdo erótico, tornou-se uma febre mundial, mas atraiu polêmicas por causa das estripulias sexuais praticadas pelo personagem protagonista. Alguns críticos consideraram a publicação como uma apologia à violência sexual contra mulheres.
Young tem histórico de polêmicas como líder evangélico. Fundador da megaigreja Fellowship, na cidade de Dallas, o pastor se aventurou como televangelista e consultor de moda para colegas de ministério através do site pastorfashion.com, onde vende “looks” para os pastores descolados.
Segundo Ed Young, o livro e o filme fazem parte de uma ideia de corrupção dos valores cristãos: “Há uma epidemia cultural lá fora, que está envolta em completa fantasia. O livro, ’50 Tons de Cinza’ é uma tentativa perversa de aprisionar leitores e levá-los ao engano a respeito do que significam intimidade e conexão”, argumentou.
“É uma distorção patética de uma realidade mais poderosa sobre relacionamentos. Deus não é anti sexo, e Ele não é cinza quando se trata de relacionamentos. Eu quero fazer as pessoas acordarem para a realidade de que propósito e o plano de Deus para suas vidas é muito maior!”, acrescentou.
De acordo com informações do Christian Post, o mais recente livro de Ed Young também aborda de forma crítica o fenômeno literário que “50 Tons de Cinza” se tornou. O livro “Fifty Shades of They” (ainda sem tradução para o português, mas que pode ser entendido como “50 tons entre eles”) se tornou um dos best-sellers destacados pelo jornal The New York Times.
“Você me diz quem são seus amigos e eu vou mostrar-lhe o seu futuro. Relacionamentos conduzem uma parte significativa de nossas vidas. É hora de começar a procurar perceber a verdade e pôr de lado a falsidade torcida. E está na hora de responder à pergunta: ‘Seus desejos são cumpridos em uma fantasia sexual ou em uma realidade relacional?’”, questionou o pastor.
A ideia de “batizar” os livros, segundo Young, é fazer aumentar a conscientização das pessoas sobre a “perversidade” de seu conteúdo. O batismo simbólico será feito em cidades como Dallas, Miami e também em Londres, na Inglaterra.
“O triste é que muitos foram vítimas daquilo que esse livro representa e perderam a verdade de que Deus tem uma maneira e um propósito melhor para eles. Eu quero mostrar às pessoas que tudo se resume a um embate entre fantasia e realidade”, finalizou.