A Malásia possui cerca de 32 milhões de habitantes, dos quais 61% deles professam a crença islâmica. Nesse país, portanto, pregar o Evangelho de Jesus Cristo pode ser algo encarado como uma afronta, apesar da liberdade de expressão e de fé ser um dos direitos humanos universais mais conhecidos do planeta.
O conhecimento de tais direitos, no entanto, não garante que eles sejam respeitados, e como exemplo disso muitos cristãos, como o pastor Raymond Koh, de 63 anos, sofrem consequências em razão da fé em Jesus Cristo.
Koh desapareceu repentinamente há pouco mais de dois anos, em fevereiro de 2017 em Kuala Lumpur. Desde então sua família procurou saber o que lhe ocorreu, desconfiando de que o líder cristão havia sofrido punições por pregar o Evangelho a muçulmanos da região.
Só agora a comissão de direitos humanos da Malásia pode confirmar que, de fato, Koh foi sequestrado, e por policiais, provavelmente devido ao seu trabalho como evangelista e líder da Igreja Evangélica Livre da Malásia, a qual pastoreou por 20 anos.
Koh também fundou a organização Harapan Komuniti na Malásia, em 2004, para auxiliar dependentes químicos, mães solteiras e portadores de HIV/AIDS. Com isso, o testemunho do pastor ganhava cada vez mais atenção e servia para resplandecer o amor de Cristo em seu país.
Após o desfecho da investigação, a esposa do pastor e seus três filhos ficaram felizes em poder confirmar o que desconfiaram durante todo esse tempo. Segundo Greg Wilton, pastor missionário da Igreja Batista de Hollow em Hendersonville, eles “estão muito contentes que esta investigação tenha realmente provado o que eles já sabiam: que houve envolvimento da polícia neste desaparecimento forçado do pastor Raymond”.
O próximo passo agora é cobrar do governo atual explicações sobre o paradeiro do pastor Koh. Os familiares ainda possuem a esperança de que ele esteja vivo, segundo informações da Baptist Press.