Assuntos que envolvem a sexualidade sempre foram difíceis de abordar nas igrejas cristãs. Infelizmente, a falta dessa compreensão gerou um despreparo muito grande em diversas comunidades, sobre como lidar com temas mais delicados, como é o caso da homossexualidade.
Pensando nisso, o pastor David Riker, líder do Ministério Ser e integrante do grupo Exodus Brasil, publicou um vídeo fazendo uma série de recomendações aos líderes e cristãos em geral, sobre a maneira como devem tratar os homossexuais nas igrejas, contudo, sem distorcer os ensinos da Bíblia em nome do politicamente correto.
“Vale ressaltar que no Brasil às pessoas são livres para viver a sexualidade que quiserem viver. Inclusive, não viver a partir das suas emoções, sentimentos e atrações, mas que escolhem viver a partir das suas crenças. Essa é uma liberdade assegurada pela Constituição brasileira, então não há de se impor nada a ninguém”, disse o pastor.
Entender o significado do homossexualismo
Riker enfatiza que é importante não apenas ouvir atentamente quando um membro ou qualquer outra pessoa diz que é homossexual, mas também procurar entender o essa pessoa está querendo dizer. Em outras palavras, se a confissão é um pedido de ajuda ou a decisão sobre um estilo de vida.
“É importante ter em mente que quando uma pessoa diz ‘eu sou homossexual’, essa frase está carregada de vários significados diferentes. Portanto, vale a perguntar ‘o que você quer dizer com isso’, ‘como se desenvolveu isso na sua vida’”, explica o pastor.
“Você vai entrar na história do ser humano que é muito complexa e cheia de detalhes. Isso gera empatia e acolhimento”, destaca. De fato, com base nas inúmeras histórias de ex-homossexuais que já publicamos, casos envolvendo o abuso sexual infantil, abandono paterno e influência da mídia podem estar por trás do relato, o que deve ser compreendido atentamente.
“Há três grandes motivações que aparecem no nosso dia-a-dia ministerial. Em primeiro lugar, você tem pessoas que querem apenas informar aos seus líderes uma decisão que ele já tomou”, explica o pastor. “Ele disse: ‘Eu tenho atração homossexual e eu quero viver assim’. Essa pessoa não está pedindo uma intervenção, uma ajuda, ela já está decidida e quer apenas informar os seus líderes”.
Nesses casos, Riker explica que devemos ouvir e compreender a decisão da pessoa, mas sem omitir a verdade do evangelho para ela. Não podemos, em nome da inclusão, distorcer o ensino bíblico que contraria a lógica estabelecida por Deus em sua criação e é condenado explicitamente nas Escrituras.
“Você deve escutar respeitosamente, no entanto o respeito também deve ser dirigido ao Evangelho. Portanto, você não precisa desconstruir o Evangelho, fingir que ele não condena a homossexualidade como comportamento bíblico para poder incluir alguém”, diz o pastor.
A decisão é pessoal, diante de Deus
O pastor Riker explica que uma fez orientada acerca dos ensinamentos bíblicos, a pessoa homossexual pode optar pedir ajuda para lidar com esse conflito. Caso isso não ocorra, não é a igreja que vai determinar o que essa pessoa tem que fazer, mas sim ela mesma, diante de Deus.
“Você pode deixar as portas abertas e dizer: ‘você é bem-vindo, por mais que você não concorde com as posições bíblicas à respeito da homossexualidade na igreja. As portas estão abertas para você, para o seu parceiro e para sua família’”, diz o pastor, explicando que:
“Isso não é conivência, isso não é simplesmente aceitar como normal o pecado. Mas é trabalhar inteligentemente para poder ter acesso a essa pessoa e fazer com que ela perceba que os cristãos estão ali não para julgar ou para lançar no inferno”.
Finalmente, o pastor destaca que nesse caso, se a pessoa decidi não lutar contra o pecado da homossexualidade, ela precisa ficar consciente de que não poderá assumir posições de liderança na igreja, como cargos ministeriais. Na prática, portanto, a maneira que a igreja deve lidar é igual aos demais pecados.
“O nosso desafio é fazer com que essa pessoa pertença [a igreja] mesmo que ela discorde. Obviamente que por causa do seu posicionamento, ela vai ter algumas restrições a cargos de liderança e isso é normal. Se ela não consegue lidar com isso, com a posição teológica da igreja, infelizmente ela mesma vai fazer o rompimento e a igreja precisa estar muito bem firme no seu posicionamento”, conclui o pastor.
Assista o vídeo abaixo: