O crescimento dos evangélicos na população brasileira vem se tornando evidente por conta de um detalhe nos dados reunidos pela Justiça Eleitoral: pela segunda eleição consecutiva, o número de pastores candidatos subiu. Em 2018, mais de 300 pastores pleiteiam uma vaga nas eleições.
Ao todo, entre “pastor” e “pastora”, são 313 candidatos que inseriram seus títulos eclesiásticos à frente do nome. Em 2014, ano da última eleição presidencial, o número de pastores candidatos era 270, segundo o Tribunal Superior Eleitoral. Em 2010, esse número somava 193 postulantes.
Em geral, são mais de 500 candidatos que mencionaram títulos religiosos, incluindo padres, bispos, missionários, pai e mãe de santo, e até “irmão” ou “irmã”. Apenas um dos postulantes a cargos públicos eletivos se identificou como frei.
De acordo com informações do G1, não há regras que impeçam esse tipo de nomenclatura para os candidatos. A legislação eleitoral vigente apenas estipula regras para a visualização na urna eletrônica, e por isso o nome do candidato não deve ultrapassar 30 caracteres, podendo ser um “prenome, sobrenome, cognome, nome abreviado, apelido ou nome pelo qual o candidato é mais conhecido”.
Além disso, a lei eleitoral proíbe expressamente o uso de templos religiosos para a realização de campanhas visando a propaganda de candidatos. Em diferentes estados, casos de descumprimento dessa determinação tem sido registrados e gerado representações contra os envolvidos.