O ex-pastor da Igreja Adventista de Hollywood, na Califórnia (EUA), Ryan J. Bell, que lançou um experimento para viver sem Deus há um ano, afirmou recentemente ter concluído que “Deus não existe” e diz que agora está trabalhando duro para chegar mais perto “realidade”.
No início do ano, o então pastor anunciou que viveria por um ano como se Deus não existisse, como uma experiência em sua jornada espiritual. Quando revelou sua intenção de viver “sem Deus” por um ano, o pastor foi alvo de muitas críticas, e afirmou que não estava abandonando a fé.
– Estou animado, porque sinto que isso é uma continuação da minha jornada espiritual. As pessoas parecem pensar que eu estou abandonando a fé, mas na verdade é apenas mais um passo em minha caminhada – afirmou Bell, no início do “experimento”.
Quando iniciou sua experiência, ele destacou ainda sua luta com a sua fé cristã e a dificuldade que tinha em relação à forma que a Igreja Adventista trata os homossexuais e as mulheres. Ele se referiu a si mesmo como um “crítico fiel” empurrando para a inclusão de gays e mulheres na cultura e na liderança da igreja.
Porém, no último sábado, Bell revelou a NPR que depois de ter servido como um pastor por 20 anos e ter lecionado em duas universidades cristãs, ele não acha que a base para a sua antiga fé é verdadeira e afirma que agora quer se aproximar da realidade.
– Eu acho, agora, que eu olhei para a maioria dos argumentos que eu fui capaz de encontrar para a existência de Deus. E sobre a questão da existência ou não de Deus, eu tenho que dizer que eu não encontrei algo que seja convincente, em minha opinião. Eu não acho que Deus existe. Eu acho que isso faz mais sentido pelas provas que eu tenho e pela minha experiência – afirmou o ex-pastor.
Apesar de afirmar não crer mais na existência de Deus, Ryan Bell diz continuar sendo a mesma pessoa de antes, e que seus valores pessoais não mudaram. No blog em que relatou este ano “sem Deus”, ele afirma que tem se sentido um pouco estranho com essa nova convicção, mas que continuará como ateu porque “perdeu a é”.
– Eu me preocupo com a justiça e com a igualdade e quero que todos tenham as mesmas oportunidades na sociedade – afirmou.