O pastor que lidera a Igreja Batista Missionária New Life, que na última semana entrou para a lista de denominações evangélicas que têm sido alvo de ataques criminosos, disse que perdoa o incendiário que destruiu o templo onde ele e os fiéis se reuniam para celebrar.
David Triggs, 43 anos, disse que “perdoou e está orando por quem fez isto”, pois esse é o centro da mensagem do Evangelho: “Antes que eu pudesse dizer uma só palavra para qualquer um, já havia decidido perdoar a pessoa que fez isso. Nós pregamos que a base do ministério de Jesus é o perdão… Não podemos ensinar algo aos domingos e não viver isso”, afirmou.
A onda de ataques às igrejas evangélicas de comunidades negras dos Estados Unidos começou logo após o massacre perpetrado pelo racista Dylann Roof em na Igreja Metodista Episcopal Emanuel, de Charleston, Carolina do Sul.
Desde esse episódio, uma onda de atentados atingiu pelo menos seis igrejas em diferentes regiões dos Estados Unidos. O site liberal Huffington Post destacou que a postura de perdão adotada pelo pastor Burton tem sido uma situação corriqueira entre os fiéis que são atacados: “O perdão também foi a resposta de muitos membros das famílias e amigos dos nove adoradores mortos durante aquele estudo bíblico em Charleston”, informou o portal.
A restauração do templo nesse caso vai custar mais de US$ 20 mil, mas a congregação, de pequeno porte, não possui esse valor em caixa: “A justiça e o perdão estão intrinsecamente ligados […] A vida é curta demais para guardar sentimentos ruins em relação aos outros”, afirmou o pastor, ressaltando que o tempo para o perdão é sempre o “agora”, embora espere que o autor do atentado seja levado à Justiça para pagar sua dívida com a sociedade.