O exercício da liberdade religiosa implica, também, no exercício da cidadania, visto que o funcionamento das instituições de um país dependem muito da estabilidade administrativa da nação, algo difícil de existir quando há uma situação de grave crise econômica e moral atingindo determinado governo.
Na República da Zâmbia, país localizado da África Austral, a crise econômica é fruto de várias denúncias de corrupção e empréstimos irresponsáveis solicitados a outros países, como a China. A dívida externa que foi sanada em 2005, como resultado do programa ‘Países Pobres Altamente Endividados’ do FMI (HIPC), retornou dez anos depois e agora compromete 59% do PIB nacional.
Visando discutir maneiras sobre como a igreja evangélica pode se relacionar positivamente para a melhoria do país, o pastor zambiano George Chibubi, que é presidente da Ndola Pastors Fellowship, se reuniu com outros pastores para discutir a crise na Zâmbia, mas em seguida foi levado preso pelas autoridades policiais, ao que parece, sem qualquer justificativa.
Chibubi estava na reunião que foi convocada pelo Centro de Políticas Comerciais e Desenvolvimento, e não fazia ideia do que poderia acontecer.
O secretário geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) já manifestou repúdio à prisão do pastor, assim como o Rev. Olav Fykse Tveit, também do CMI, que enviou uma mensagem direta ao presidente da Zâmbia, Edgar Lungu, condenando a prisão do pastor.
“Condenamos a prisão, detenção e perseguição de pastores e outras pessoas que tentam se reunir como parte de uma sociedade civil que discute, de maneira democrática, maneiras de melhorar a vida das pessoas na Zâmbia“, escreveu Tveit, destacando também denúncias de violência policial ocorridas no país.
“O CMI está em solidariedade com os líderes da igreja na Zâmbia, enquanto tentam se comunicar com o governo e o povo. A opressão e a brutalidade não têm lugar na criação de uma nação de paz que seja sustentável para todos”, conclui Tveit. Com informações do portal Christian Today.