Considerado por muitos um tema espinhoso, os diferentes papéis do homem e da mulher foi o assunto abordado pelo pastor, escritor e conferencista Geremias Couto em um texto publicado por ele, onde teceu críticas ao “machismo” e ao “feminismo”.
O pastor da Assembleia de Deus já vinha fazendo comentários pontuais sobre o assunto, mostrando como o machismo é nada mais do que uma espécie de versão contrária do feminismo, sendo ambos distorções do plano de Deus para o homem e a mulher.
Em um texto mais amplo publicado no último dia 18, porém, Geremias Couto apresentou mais detalhes sobre “os papéis exclusivos do homem e da mulher, tanto na vida em geral quanto no matrimônio.”
“Pelo menos dois deles estão claros: ao homem cabe o papel de gerar e à mulher o de dar à luz o fruto gerado. Em relação aos demais aspectos, a meu ver, eles se intercambiam e se desenvolvem a partir do conceito da mutualidade”, explica o pastor.
Na sequência, Couto citou o relato do Gênesis, da Bíblia, destacando a passagem onde Deusa firma que “não é bom que o homem esteja só”, a fim de explicar que nenhuma criatura até então, antes da criação da mulher, satisfazia as necessidades de companheirismo para a figura masculina.
Isso porque, segundo o pastor, “o relacionamento desejado por Deus ao homem impunha-lhe a necessidade de uma companheira, adjutora, com a mesma estrutura biológica, emocional e espiritual.”
“A expressão posterior, no texto bíblico: ‘e serão ambos uma só carne’, denota a mesma ideia. Embora sejam individualidades, na vida conjugal o princípio do cuidado, proteção, solidariedade, mutualidade estão implícitos”, diz ele.
Distorções
Uma vez que a Bíblia define a relação entre o homem e a mulher em um contexto de codependência para fins de complementaridade e mutualidade, como diz Couto, consequentemente o machismo e o feminismo são distorções que contrariam a vontade de Deus.
Por machismo, neste caso, pode-se entender como uma visão deturpada do homem sobre dominação e controle baseado no autoritarismo, em vez de uma liderança exercida por “amor sacrificial”.
Já quanto ao feminismo, pode-se entender como uma visão também deturpada sobre a liderança masculina, onde mulheres são induzidas a rejeitar a responsabilidade do homem como “cabeça do lar”, por exemplo.
“Pelo ordenamento da Criação é uma absurda distorção pensar na categorização de machismo e feminismo. Biblicamente, são conceitos fora de qualquer cogitação”, diz Couto, explicando ainda que a queda humana pelo pecado produziu efeitos diferentes nessa relação de mutualidade.
Em outras palavras, o pecado produziu um efeito de dominação masculina pecaminosa, distante da relação de amor sacrificial idealizada por Deus, resultando daí o machismo.
Com o sacrifício de Jesus, porém, o conceito original de cooperação foi resgatado, motivo pelo qual o Apóstolo Paulo condiciona a submissão feminina apenas a um tipo de homem que se mostra capaz de “amar a sua mulher analogamente ao modo como Cristo amou a Igreja”.
“Assim, a submissão a que Paulo se refere em Efésios é posicional”, diz Geremias Couto. “Ao mesmo tempo, cabe ao homem amar a sua mulher analogamente ao modo como Cristo amou a Igreja a ponto de se entregar por ela. Trata-se, portanto, de um amor sacrificial.”
Após a publicação, aqui, da postagem sobre machismo e feminismo, a responsável pelo perfil @sravingren pediu-me que tentasse esclarecer quais seriam os papéis exclusivos do homem e da mulher, tanto na vida em geral quanto no matrimônio. Pelo menos dois deles estão claros: ao… https://t.co/JNhcT9mEOz
— Geremias Couto (@pastorgeremias) March 18, 2023