A estratégia adotada pelo PT para tentar libertar Lula da prisão foi comentada pelo pastor Marco Feliciano (PODE-SP) e classificada como um “golpe” que os aliados do ex-presidente tentaram aplicar à Justiça.
O habeas corpus concedido pelo desembargador plantonista Rogério Favreto no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) foi cancelado pelo presidente do órgão, Carlos Eduardo Thompson Flores, após uma série de ações que envolveram o juiz Sérgio Moro e o relator do caso na segunda instância, desembargador João Paulo Gebran Neto, em sentido contrário à decisão do plantonista.
O pastor Marco Feliciano publicou um artigo em que revela ter apresentado uma representação contra Favreto no Conselho Nacional de Justiça “para que seja apurada possível falha funcional disciplinar”.
“O que causa estranheza são decisões tomadas de afogadilho, em um plantão de final de semana, ao cair da noite. Conforme se sabe, minutos após o desembargador Fraveto assumir seu plantão judiciário, ele tomou conhecimento de um pedido apresentado por três deputados do mesmo partido do preso. E, do qual a autoridade judiciária – Favreto – foi militante por 20 anos; inclusive, exercendo cargos de confiança em governos do partido”, escreveu Feliciano, no portal Pleno News.
O deputado destacou que o histórico do desembargador causa “suspeição sobre qualquer decisão” tomada por ele em casos relacionados ao PT. “O prudente seria esperar pelo próximo dia útil, para uma análise mais abalizada pelo tribunal. O que acabou acontecendo no mesmo dia, no domingo”, acrescentou.
“Agora, imaginemos se a soltura tivesse acontecido. E a comoção que causaria um pedido de asilo do ex-presidente Lula a alguma embaixada, cercada por manifestantes, com bandeiras vermelhas, liderados por partidos que ainda sonham em voltar ao poder a qualquer custo. Só que, desta vez, para tumultuar uma eleição que já sabem perdida, para eles, com repercussão internacional”, pontuou Feliciano.
O insucesso da estratégia petista, porém, expôs o nível de atenção aos detalhes que a Justiça tem dado ao caso: “Quando não conseguiram o que queriam, tentaram culpar o juiz Moro pelas idas e vindas desse habeas corpus, pelo libera-mantém preso. Mas esses manifestantes se esquecem de que ordem ilegal não se cumpre. O que ficou sobejamente comprovado”, afirmou. “Que Deus guarde nosso país desses falsos defensores dos pobres que, na verdade defendem o marxismo ateísta”, concluiu.