Um pastor evangélico se tornou o centro de uma polêmica nas redes sociais após publicar uma foto sua ao lado de um antílope abatido por ele durante uma jornada de caça.
Na imagem, Rikki Doolan apoia seu rifle sobre o corpo do animal que ele havia abatido, na África do Sul, com a legenda “Dia de caça bem-sucedido aqui na África do Sul. Esse ano nós atiramos para matar”.
De acordo com informações do tabloide The Sun, o pastor britânico foi criticado por ser um “adorador de Jesus” e, supostamente, “desrespeitar o Provérbio 12:10”, que diz que “o justo tem consideração pela vida dos seus animais, mas as afeições dos ímpios são cruéis”.
Uma das principais críticas do comportamento do pastor foi a ateia Joanne Serginson, que citou a referência bíblica em seu protesto nas redes sociais, frisando que considera a caça esportiva um absurdo.
Esse argumento de Joanne foi endossado por outros internautas: “Espero que Deus o perdoe por tirar uma vida. Eu não perdoo”, escreveu Jake Nimer.
Em resposta, o pastor provocou os internautas que protestaram contra ele, dizendo que o antílope era “bonito para um churrasco”. Em resposta a Joanne, Doolan usou a Bíblia para justificar seu dia de caça: “Tudo quanto se move e vive vos servirá de mantimento, bem como a erva verde; tudo vos tenho dado”, escreveu ele, reproduzindo o versículo 3 de Gênesis 9.
Politicamente correto
O avanço das preocupações com as mudanças climáticas gerou um exército de pessoas preocupadas, com razão, com o desmatamento, poluição do ar e água e extração desmedida de minério em vários lugares do planeta.
Na esteira dessa preocupação, muitos passaram a enxergar os animais como seres intocáveis, influenciados por ativistas de defesa dos animais, que a princípio, denunciavam apenas os absurdos maus tratos a bichos de estimação.
A caça, há milênios, faz parte da cultura de diversas sociedades ao redor do mundo. Animais silvestres de grande porte não fazem parte dessa cultura de caça no Brasil, mas em muitos países, essa prática é passada de geração em geração como uma parte da cultura, e é permitida por lei, que estipula época, locais e espécies a serem abatidas.