O pastor Michael Salman foi preso no último mês após realizar estudos bíblicos em sua casa, na cidade de Phoenix, no estado americano do Arizona. Seu advogado, John Whitehead do Instituto Rutherford esteve na última semana no programa “FOX & Friends” onde, ao lado da esposa de Salman, falou sobre a prisão.
Salman foi levado à cadeia depois que um tribunal de Phoenix o considerou culpado de 67 violações em relação a um prédio onde ele hospeda um grupo de estudo semanal da Bíblia. Salman foi condenado a 60 dias de prisão, três anos de liberdade vigiada e ainda foi multado em 12.180 dólares.
O advogado afirmou ao anfitrião do programa, Steve Doocy, que os direitos constitucionais de Salman estão sendo violados, e que seu cliente é vítima de perseguição religiosa.
– A chave é – a Constituição garante o direito à liberdade de religião … o direito de se reunir e conversar uns com os outros onde quer que você esteja – em público ou em sua casa – afirmou o advogado.
– Você pode pensar que isso poderia acontecer em algum lugar como o Irã, ou em alguns dos países ao redor do mundo com o mesmo regime, mas acontecendo nos Estados Unidos, na minha opinião é tão chocante, é inacreditável – completou Whitehead, comparando o caso à opressão religiosa em países islâmicos.
Suzanne Salman, esposa do pastor, também falou no programa, e expressou seu choque e total descrença com a situação.
– Isso desafia a lógica, francamente. Eu não entendo que algo tão pequeno tenha se tornado assim tão grande. As pessoas fazem isso todo o tempo nos Estados Unidos – disse ela, quando perguntada por Doocy por que ter um estudo bíblico privado em casa se tornaria um problema. O apresentador ressaltou ainda em sua pergunta sobre o estudo bíblico em casa: “As pessoas fazem isso no meu bairro o tempo todo”.
O Procurador da cidade de Phoenix, Vicki Hill, afirmou que o caso não se trata liberdade religiosa, mas sim às regras de zoneamento da cidade.
– Isto é parte da permissão de zoneamento e adequação. Quando você está promovendo uma reunião de pessoas como ele faz continuamente, temos preocupações sobre as pessoas serem capazes de sair da instalação corretamente, caso haja um incêndio, e levamos em conta tudo isso – justificou Hill.
Michael Salman, é pastor ordenado da Igreja de Deus em Cristo (Church of God in Christ), e argumenta ter direito constitucional de cultuar em sua propriedade privada. No entanto, a cidade de Phoenix insistiu que a questão é sobre violações de zoneamento e código, não à liberdade religiosa.
De acordo com o The Christian Post, no centro da disputa de Salman com a cidade está uma construção de 2.000 metros quadrados em seu quintal, na qual ele realizou reuniões de estudo da Bíblia com cerca de 30 ou 40 pessoas que se reuniam semanalmente. O edifício tem um púlpito e cadeiras.
A promotoria afirma que Salman recebeu uma licença de construção para converter uma garagem para uma “sala de jogos,” e não em uma igreja.
– Você pode fazer todos os tipos de reuniões em uma base regular, mas por algum motivo, se eles te chamam de uma igreja, você está ilegal. E mais uma vez, é o que os regimes fazem – frisou o advogado.
Fonte: Gospel+