Uma maneira encontrada pelo regime comunista chinês de impedir o avanço do cristianismo no país é controlando a prática religiosa das igrejas cristãs, assim, regulando o que pode ou não ser ensinado em nome da fé cristã.
Por causa disso, o governo chinês criou o Departamento de Trabalho da Frente Unida, responsável pelo monitoramento das igrejas no país, incluindo a instalação de câmeras de vigilância dentro dos templos, conforme já relatado em outra matéria.
“O controle dos membros da igreja está se tornando cada vez mais rigoroso”, afirma um relatório da organização Bitter Winter, divulgado em fevereiro desse ano, que citou o exemplo da igreja Three-Self, na cidade de Tieling, província de Liaoning.
Policiais invadiram o templo e questionaram os membros durante a cerimônia. Um dos líderes cristãos informou que eles disseram: “Sua igreja é certificada. Ela precisa ser mais obediente ao Partido Comunista Chinês (PCC) e se submeter ao seu controle”.
Casos como esse se repetem na China. Outro envolveu o pastor Zhou Dixian, que foi libertado da prisão no mês passado, após ficar dois anos preso por, supostamente, “causar problemas”.
“Eu teria morrido de maus-tratos se Deus não tivesse me protegido e os irmãos e irmãs [cristãos] não orassem por mim”, escreveu ele em uma carta, segundo informações da China Aid.
O pastor Dixian contou ainda que foi submetido a condições de tortura, não podendo se lavar, receber medicamentos para tratar problemas de saúde, nem dormir em outra posição, que não fosse de lado, o que lhe resultou em fortes dores musculares.
Os supostos problemas causados por Dixian, no entanto, provavelmente foi por ele liderar uma igreja cristã não registrada pelo Partido Comunista Chinês, considerada “clandestina” pelas autoridades.
Apesar de tudo, o pastor pretende retomar suas atividades como líder cristão. Ele viajou para Pequim, onde pretende lutar por seus direitos religiosos lá, por amor a Cristo e pelos que ainda não conhecem a verdade do Evangelho.