O terremoto que varreu partes da Turquia e Síria deixou para trás um cenário de devastação e mais de 40 mil mortos identificados até o momento. Marc Madrigal, um pastor que se deslocou até à região para auxiliar nas buscas e acolhimento aos sobreviventes, gravou um vídeo para detalhar a situação.
Na gravação, o pastor mostra a cidade de Antakya, antiga região bíblica de Antioquia. O vídeo desolador foi compartilhado nas redes sociais. Nele, o líder religioso de Istambul detalha a situação dos poucos moradores que ficaram na região.
“A maioria das pessoas partiu, talvez uns 10% tenha ficado. Os que ficaram são pessoas sem recursos, refugiados sírios ou pessoas que não querem perder seus pertences. Muitos foram para Ancara e outras cidades”, disse Madrigal, descrevendo o local como uma “cidade fantasma”.
Segundo informações do Evangelical Focus, cerca de 80% dos edifícios da cidade foram destruídos ou serão demolidos devido ao comprometimento em decorrência do terremoto. Trata-se de uma destruição praticamente absoluta da infraestrutura local.
Situada ao sul da Turquia, Antioquia foi fundada há cerca de 300 anos antes de Cristo. A região abriga edifícios históricos que resistiram aos séculos, mas que agora podem ter se resumido a escombros, como a cúpula de Habib-i Neccar, a mesquita mais antiga do país, construída no ano 638.
Necessidades vitais
Os prejuízos materiais, contudo, não se comparam aos prejuízos humanos. Além dos milhares de mortos, cerca de 500 mil pessoas estão desabrigadas e vivendo agora em condições extremamente precárias.
“Há muita necessidade aqui. Não há água, não há eletricidade e a infraestrutura está em colapso. Serão necessários 2 ou 3 anos para que as pessoas reconstruam suas casas”, disse o pastor Madrigal.
“As pessoas que ficam em barracas ou contêineres vão precisar de geradores de energia. Além disso, vão necessitar de tanques de água para higiene pessoal e lavagem de roupas”, destaca.
O pastor, por fim, disse ter ouvido relatos chocantes de pessoas que perderam praticamente toda a família. Ele afirma haver um grande “trauma” entre os sobreviventes e diz que a Igreja de Cristo, agora mais do que nunca, precisa estar presente com recursos e orações.
“Como Igreja, isso é o que posso compartilhar até agora, pois queremos nos envolver com as pessoas daqui a longo prazo”, conclui. Assista: