A festa do “dia das bruxas” tem origem pagã e é sempre fruto de enorme polêmica no meio cristão, pois há sempre a dúvida se é errado participar de eventos com essa temática nos dias atuais. No entanto, a realização de festas de “halloween gospel” da festa motivou um artigo bastante contundente do pastor Renato Vargens.
O pastor, integrante do movimento Coalizão pelo Evangelho, lamenta no texto que a fé bíblica venha sendo relativizada em um grau tão acentuado que “o certo virou errado e o errado, certo”.
Vargens recapitula a origem da festa do Halloween, seu paganismo, e diz que “31 de outubro não é dia para se comemorar ou celebrar o Halloween dos ‘evangeli-wicca’”, e diz que os cristãos protestantes têm outro motivo de celebração: “Essa data obrigatoriamente deveria remeter-nos aos idos de 1517, quando o monge alemão Martinho Lutero afixou às portas do castelo de Wittenberg as 95 teses denunciando as indulgências e os excessos da Igreja Católica, dando início à Reforma Protestante“.
Confira a íntegra do artigo de Renato Vargens, publicado no portal Pleno News:
Em um ambiente marcado por poucas luzes, ao som de muito thrash metal, numa decoração onde abóboras se fazem presentes, dezenas de jovens vestidos de preto, dançam efusivamente naquilo que denominam de Festa de Elohim, vulgarmente conhecido como Halloween Gospel.
Ficou surpreso? Pois é, eu também! Parece que alguns dos evangélicos continuam teimando em se superar quanto as suas invencionices.
Infelizmente, em nome da espiritualidade e do gospel, a fé bíblica-cristã tem sido relativizada de modo que o certo virou errado e o errado certo. Sem sombra de dúvida, as sandices cometidas por alguns que tomam o nome de Deus, nos deixam profundamente envergonhados. Ora, é imprescindível que entendamos que do ponto de vista bíblico não se é possível misturar o santo com o profano, até porque, o que está por trás do Halloween são pressupostos absolutamente demoníacos, os quais se contrapõem veementemente ao ensino cristão.
Por favor, pare e pense comigo:
“Os celtas acreditavam que na noite de 31 de outubro as leis do tempo e do espaço eram suspensas. Nesta data comemorava-se o ano novo dos feiticeiros. Por causa disto, os espíritos vagavam soltos e os mortos visitavam seus antigos lares para exigirem comida. Havia também no fim de outubro o festival da colheita, conhecido como ‘Samhain‘, também chamado de “O Senhor dos mortos”, onde se faziam grandes fogueiras para assustar os espíritos. Para que estes fossem embora, as pessoas saiam pelas ruas carregando velas acesas e nabos esculpidos com rostos humanos, vestidos do modo mais assustador possível. Nos Estados Unidos, o Halloween chegou no século 19 e o nabo foi substituído pela abóbora, fruto mais comum. Tanto o nabo quanto a abóbora são símbolos de imortalidade e juntando-se ao preto, que significa a morte em muitas culturas, fazem o par perfeito para o ritualismo macabro e demoníaco. Na década de 20, a antiga tradição virou brincadeira e hoje é uma das principais festas do país. Crianças saem fantasiadas pelas ruas batendo nas portas, dizendo ‘trick or treat’ literalmente travessuras ou bons tratos, para ganhar doces, tudo isto nos dia das bruxas.”
Com esse background histórico lhe pergunto: O que o santo evangelho de Cristo tem haver com isso? Claro que nada.
Amados, 31 de outubro não é dia para se comemorar ou celebrar o Halloween dos “evangeli-wicca”. Pelo contrário, essa data obrigatoriamente deveria remeter-nos aos idos de 1517, quando o monge alemão Martinho Lutero afixou às portas do castelo de Wittenberg as 95 teses denunciando as indulgências e os excessos da Igreja Católica, dando início à Reforma Protestante.
O dia 31 de outubro se aproxima e com ele a possibilidade de refletirmos a luz da história sobre o significado e importância da Reforma. Acredito piamente que os conceitos pregados pelos reformadores precisam ser resgatados e proclamados a quantos pudermos. Até porque, somente assim, poderemos novamente sair deste momento preocupante e patológico da Igreja evangélica.
Uma nova reforma Já!
Soli Deo Gloria