Nas idas e vindas do Governo Michel Temer, entre nomeações para os ministérios e planos estratégicos de gestão em tempo de crie econômica, quem terminou sendo escalado para um posto na cúpula presidencial foi o pastor e Deputado Federal Ronaldo Fonseca, antes filiado ao Podemos (PODE).
A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 25, e a posse do novo Ministro será oficializada na próxima segunda-feira (28), às 16h no Palácio do Planalto, onde assumirá o cargo de Secretario-geral da Presidência da República.
O pastor Ronaldo Fonseca já foi presidente do conselho político da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), de acordo com a Câmara, e sua ligação com a comunidade evangélica é notável no meio político. Ele é integrante da chamada “Bancada Evangélica” e já atuou contra o polêmico PLC122, mais conhecido como “lei contra a homofobia”, que foi arquivado.
Advogado, Fonseca também já trabalhou nas comissões de Defesa do Consumidor, de Constituição e Justiça, de Direitos Humanos e de Educação, mas o cargo de Secretário-Geral do Governo certamente será para ele o maior desafio, especialmente devido ao contexto político do país, marcado pela crise econômica, denúncias de corrupção envolvendo até a presidência e uma série de paralizações, como a dos caminhoneiros.
”Já pedi a minha desfiliação do Podemos. Sempre disse que não concorreria a nenhum mandato nesta eleição”, disse Fonseca ao Jornal Correio Brasiliense ao saber da nomeação, deixando o segundo mandato de Deputado Federal para ser assumido pelo suplente Vítor Paulo, do PRB.
O novo cargo de Ronaldo Fonseca era ocupado por Moreira Franco (PMB-RJ) até abril desse ano, mas permaneceu desocupado quando o antigo Ministro foi transferido para a pasta de Minas e Energia, seguindo a reforma ministerial do Governo.