Um pastor que ocupa um cargo de vereador em Dourados (MS) sugeriu mandar os ativistas gays para uma ilha e deixá-los lá por 50 anos. A ideia da sugestão era ilustrar o argumento de que a sociedade não sobreviverá se o modelo de família proposto pela militância homossexual se popularizar.
Indignado com os convites recebidos da Secretaria Municipal de Assistência Social da cidade para palestras contra homofobia, o pastor Sérgio Nogueira (PSB) disse que é preciso expor pensamentos práticos sobre a questão.
“Não podemos passar a ideia de que o anormal é normal. Bota as pessoas que pensam assim [a favor da adoção de crianças por casais homossexuais] numa ilha por 50 anos. Coloca essas pessoas numa ilha e depois de 50 anos volta para ver; não vai ter mais ninguém”, disparou o pastor.
Na Câmara Municipal de Dourados, o pastor Nogueira preside a Comissão de Assistência Social e é um dos aliados políticos do prefeito da cidade, Murilo Zauith, também do PSB.
Segundo a emissora de rádio local 94FM, Nogueira discursou contra a “desconstrução da família” que seria promovida pelo governo federal: “Para esse governo a família tem que ser desconstruída no seu padrão normal para dar lugar a outros conceitos de família. Isso vem rasgar nossa Constituição ao meio, dizer que família é qualquer coisa”, atacou.
No entanto, o pastor afirmou que sua fala crítica contra os ativistas gays não o transforma em homofóbico e pediu aos líderes católicos da cidade que juntem forças aos evangélicos para combater “a prática do homossexualismo condenada nas Escrituras Sagradas”.
“Perguntaria para qualquer vereador se podendo ser adotado, se optaria por ser adotado por uma família de homossexuais. Não sou a favor da homofobia. Quero colocar a população para refletir. Isso é contra os nossos princípios”, finalizou o polêmico pastor/vereador da cidade sul-mato-grossense.