O turbulento surgimento do Uber (app de transporte que ofereceu alternativa aos táxis e rapidamente se popularizou) no mercado brasileiro gerou enorme debate na sociedade sobre sua legalidade e obrigou o Congresso Nacional a aprovar uma lei que garante a legalidade do serviço. Agora, um pastor pentecostal está questionando a legalidade “espiritual” do app.
Júnior Trovão é protagonista de um vídeo em que, durante uma pregação, afirma que o app é do diabo, e seu nome traz uma mensagem subliminar.
“Uber ao contrário quer dizer ‘rebu’ e eu fui pesquisar o que é rebu no dicionário e sabe o que significa? Confusão, contenda”, disse, sem se atentar à origem do nome da empresa, que adotou como nome um termo em inglês que é entendido como “mega, melhor, ultra” e, portanto, nada tem a ver com a gíria da língua portuguesa.
O pastor Trovão, então, associa o “rebu” às confusões entre taxistas e motoristas do aplicativo, lembrando inclusive das mortes de profissionais que atuavam com o app.
“Você pode dizer: ‘mas Trovão, esse aplicativo empregou muita gente’. Por ventura o mal vem com cara de mal? Sabe quem foram as vidas que se perderam por causa desse aplicativo? As vidas que o próprio aplicativo entregou ao diabo”, disse.
Reverberando um raciocínio típico de quem se inspira no discurso socialista, Júnior Trovão critica os empreendedores que criaram o app e seus investidores, sugerindo exploração dos motoristas que se cadastram no app para trabalhar e geram lucros “para quem fica atrás do computador”.
O pastor ignora que a empresa criou uma ferramenta que conecta a demanda à oferta de serviço, permitindo que passageiros encontrem motoristas, e vice-versa. “Você acha que isso é o que? Alguém que criou um aplicativozinho? Não, isso é muito maior do que isso”, alegou o pastor.
Confira o trecho da pregação em Ariquemes (RO):