Um pastor criou uma ferramenta de pedidos de oração através do aplicativo WhatsApp e a iniciativa tem sido bem-sucedida. Em pouco mais de dois meses, o número já conta com mais de 700 contatos.
Com o intuito de “potencializar o sacerdócio” e sem cobrar nada, o pastor distribuiu panfletos e faixas pelo Distrito Federal com seu número de celular. “Pare de sofrer. Peça ajuda pelo ‘zap da oração’”, dizem os anúncios.
Elias Fernandes, 55 anos, diz que com sua iniciativa, muita gente que não recorria à fé nos momentos de dificuldade, agora sabe onde encontrar ajuda: “A gente percebeu que a ferramenta do ‘zap’ é poderosíssima, e que muitas pessoas acabam recorrendo a ela porque ficam envergonhadas de procurar um sacerdote, um líder religioso para dizer que estão passando por problemas”,
Ao G1, Fernandes afirmou que gratificação é “a interação” com essas pessoas que precisam de oração. No período em que ativou o “zap da oração”, o pastor já recebeu pedidos de intercessão com os mais diversos casos, desde maridos traídos até pessoas doentes, passando por mães com filhos viciados e pessoas de todas as idades em crises existenciais.
O recorde, porém, pertence à área sentimental: “Muitas pessoas estão no último grau do sofrimento e pensando até mesmo que morrer é melhor do que viver, por conta de um amor não correspondido. Mais pessoas buscam dar cabo da vida por conta da área sentimental frustrada do que, por exemplo, um diagnóstico de médico que a medicina não dá esperança”, analisou o pastor.
“Muitas pessoas estão no último grau do sofrimento e pensando até mesmo que morrer é melhor do que viver, por conta de um amor não correspondido. Mais pessoas buscam dar cabo da vida por conta da área sentimental frustrada do que, por exemplo, um diagnóstico de médico que a medicina não dá esperança. Uma pessoa diagnosticada com câncer, na hora do diagnóstico, tem o baque, mas daqui a pouco essa pessoa vai até o fim do mundo para lutar pela vida. Ela quer viver, e para isso gasta o que tem e o que não tem. É o contrário da pessoa infeliz no amor”, disse Fernandes.
Em um dos casos, o pastor contou que precisou intervir para evitar que um marido que havia sido traído fizesse algo que iria se arrepender depois: “Ele me falou: ‘Minha mulher confessou que me traiu e estou para fazer uma besteira’. A pessoa vê nisso [no pedido de oração] a possibilidade de não fazer. Nesses casos, falo para a pessoa colocar os pés no chão e a cabeça nos céus. Falo que não é a primeira pessoa que passa por isso e não vai ser a última na vida e que, apesar dos pesares, a vida continua. O perdão só é nobre porque ele tem que ser direcionado para quem não merece”, ensinou o pastor.