O caso da chacina da Brasilândia, em São Paulo, em que supostamente um menino de 13 anos de idade teria assassinado quatro familiares – inclusive seus pais, policiais – vem causando grande comoção social e despertando debates sobre a formação de caráter e até, distúrbios psicológicos.
A pastora Elizete Malafaia, esposa de Silas Malafaia, concedeu uma entrevista ao jornalista Marcos Melo falando sobre o assunto. A partir das suspeitas da Polícia Civil de que o menino Marcelo Eduardo Pesseghini teria cometido os crimes e o suicídio, Elizete afirmou que uma explicação para o crime é que o instinto nato para a maldade que o ser humano possui “desde a queda”, inclusive as crianças.
“Temos dentro de nós um instinto para a maldade e que tem que ser dominado”, diz Elizete, que cita as palavras do apóstolo Paulo na carta aos Romanos: “Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço”.
Segundo Elizete Malafaia, desde a queda de Adão e Eva, todos os seres humanos nascem com a maldade dentro de si: “Antes da queda, havia o período da inocência. Aquele casal era bom. Mas depois que desobedeceu a Deus, que comeu do fruto proibido, aí sim, nós passamos a pecar. E pecar é ir contra todos os princípios que Deus tem para o ser humano”, ressalta a pastora.
“A criança já nasce com o mal dentro de si, e a bondade é ensinada”, diz Elizete, que atribui à família a tarefa de contribuir para uma boa formação de caráter: “Ela tem que aprender o bem dentro de sua família […] O mal, ele já tem tendência para fazer por causa da queda”. De acordo com a pastora, o instinto de agressividade foi colocado por Deus no homem por questões de sobrevivência.
Sobre Marcelo Pesseghini, caso se confirme que ele foi o autor das mortes, Elizete afirma acreditar que o menino pode ter tido um surto psicótico oriundo do uso de drogas ou medicamentos, mas descarta que ele sofra de psicopatia: “O menino não era um psicopata, pois segundo os estudiosos do comportamento, os psicopatas não se suicidam”.
Elizete Malafaia adverte que até os sete anos de idade a criança já adquiriu 80% de seu caráter, que isso tem um impacto grande no resto de sua vida. A pastora lembra que os pais possuem grande responsabilidade nisso. “O que ele [um filho] aprender dentro do seu lar ele vai levar para a sua vida adulta”, diz, antes de complementar citando outra passagem bíblica: “Ensina a criança no caminho em que ela deve andar e até quando envelhecer ela não se desviará dele”.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+