A pastora Makeda Pennycooke, da Igreja Freedom House na cidade de Charlotte, nos Estados Unidos, causou polêmica ao solicitar ao corpo de voluntários da congregação que “apenas pessoas brancas” trabalhassem na recepção de fiéis nos cultos. No pedido, a pastora afirma que quer apenas “o melhor do melhor nas portas da frente” da igreja.
Pennycooke, que é negra, enviou a polêmica orientação por e-mail, pedindo que as “pessoas de cor” não atuassem como recepcionistas no horário do culto principal da igreja e ressaltando a “importância da primeira impressão”, além de afirmar que a igreja quer “o melhor do melhor nas portas da frente”. O e-mail foi enviado a um grupo de voluntários que trabalham como recepcionistas nos cultos da igreja.
Carmen Thomas, que atuou como voluntária na igreja nos últimos dois anos, comentou o caso com o canal de notícias locais WBTV, revelando ter ficado horrorizada.
– Eu fiquei chocada (…). Você pode colocar rostos brancos por toda a porta da frente, mas quando você passar por essas portas, você vai ver os afro-americanos, vai ver asiáticos. Você vai ver pessoas de cor – afirmou.
No e-mail, Pennycooke lembra aos voluntários que essa é uma das épocas mais movimentadas do ano na igreja e, reconhecendo que o pedido é uma “situação delicada”, disse que a qualidade supera a quantidade.
– Preferimos ter menos recepcionistas na porta da frente, se isso significa que os poucos que temos nos representam melhor – explicou a pastora.
– Então, nós gostaríamos de pedir que apenas pessoas brancas estejam nas portas da frente – completou Pennycooke.
Depois da polêmica causada com a divulgação do pedido da pastora na mídia norte-americana, os pastores sênior da igreja, Troy e Penny Maxwell, emitiram um pedido de desculpas pelo ocorrido.
– O e-mail foi enviado por um dos nossos pastores de longa data, em uma tentativa de enfatizar que nossa equipe saudação reflete a diversidade racial de toda a nossa congregação – explica um comunicado oficial da igreja enviado ao WBTV, que diz também que a pastora reconhecer ter cometido um erro por enfatizar um grupo étnico no comunicado.
Em nota, a igreja afirmou ainda que “os pastores têm se reunido com funcionários e membros da igreja para confirmar o seu compromisso com a diversidade e para assegurar que nada como isso aconteça de novo”.
Por Dan Martins, para o Gospel+