O pastor e senador boliviano Roger Pinto Molina pediu asilo político na Embaixada Brasileira em La Paz, capital da Bolívia e posteriormente fugiu para o Brasil devido às perseguições que sofreu do atual governo boliviano, liderado pelo presidente Evo Morales.
De acordo com a revista Veja, em março de 2011 Molina levou um dossiê ao Palácio Quemado, sede do governo boliviano, com informações obtidas por funcionários da agência de inteligência da polícia do país que comprometiam membros do partido do próprio presidente Morales e até, funcionários do alto escalão do governo.
As denúncias davam conta que esses políticos e funcionários atuavam de forma a favorecer e facilitar o narcotráfico de cocaína produzida na Bolívia.
Ainda segundo a reportagem, a atitude do pastor e senador Molina era que o presidente, uma vez informado, passasse a investigar a corrupção entre seus colegas de partido e assessores. A Veja destaca ainda que boa parte da produção da folha de coca na Bolívia é contrabandeada para o Brasil e acaba sendo usada na produção de cocaína e crack.
No entanto, com posse dos documentos, Morales não apenas ignorou as acusações como passou a perseguir Molina, o que levou o pastor a pedir asilo na Embaixada Brasileira.
Além disso, o presidente Evo Morales nomeou em 2012 para o posto de embaixador no Brasil o advogado Jerjes Justiniano, dando a ele a missão de rebater as denúncias feitas por Molina contra os funcionários acusados de corrupção e associação ao tráfico de drogas, de acordo com informações da Veja.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+