Recentemente o presidente da Uganda, Yoweri Museveni, assinou uma “lei anti-gay” no país, tornando a homossexualidade um crime passível de prisão perpétua. Ao justificar a assinatura no projeto de lei, Museveni afirmou que “nenhum estudo demonstrou que alguém pode ser homossexual por natureza”.
Apesar de a homossexualidade já ser considerada ilegal no país, a nova lei torna a relação entre pessoas do mesmo sexo passível de prisão perpétua, e criminaliza também qualquer tipo de promoção à homossexualidade.
Diante da aprovação da lei, pastores evangélicos norte americanos estão se manifestando contra a decisão do presidente de Uganda, afirmando que apesar de não concordar com o homossexualismo, a igreja deve proteger a dignidade de todas as pessoas, como Jesus fez.
O pastor Rick Warren se manifestou sobre o caso afirmando que defende o ideal bíblico do matrimônio entre homem e mulher, mas que vê a lei em Uganda como injusta, e se opõe a ideia de criminalizar e retirar a dignidade das pessoas homossexuais.
– Primeiro, a lei é injusta, extrema e não cristã para com os homossexuais… Em segundo lugar, a lei obriga que os pastores relatem suas conversas pastorais com homossexuais às autoridades… – afirmou o pastor.
Ele disse ainda que tal lei teria um efeito negativo no trabalho de pastores ao ajudar os que sofrem.
– Jesus reafirmou o que Moisés escreveu, que o casamento é para ser entre um homem e uma mulher comprometidos uns com os outros para a vida. Mas Jesus também nos ensinou que o maior mandamento é amar o nosso próximo como a nós mesmos – ressaltou o pastor.
Condenando leis como a de Uganda, Russell Moore, presidente da Comissão de Ética e Liberdade Religiosa da Convenção Batista do Sul, disse que não conhece evangélicos que apoiariam uma legislação como essa.
Morre e diversos outros pastore, como Warren e Scott Lively, pastor e chefe do Abiding Truth Ministries Massachusetts, criticaram também a alegação do governo de Uganda de que a lei se apoia em princípios cristãos.
Segundo o Huffington Post, Lively afirma que “o governo deveria estar preocupado em ajudá-los a superar seus problemas e não apenas puni-los por isso”.
– A liberdade de fazer escolhas morais é concedida por Deus. Uma vez que Deus nos dá essa liberdade, temos de protegê-la para sempre, mesmo quando não concordamos com suas escolhas. Toda a vida é preciosa para Deus – ressaltou Rick Warren.
Por Dan Martins, para o Gospel+