Membros da igreja do pastor Tim Stephens realizaram um culto ao ar livre em frente à prisão onde ele está sendo mantido. Enquanto isso, um senador dos Estados Unidos pediu que o Canadá seja investigado por violações da liberdade religiosa.
Os membros da Igreja Batista Fairview realizaram o culto como um protesto pacífico, e contaram com a presença de outros pastores, que endossaram o pedido de libertação de Tim Stephens, que foi preso por realizar um culto ao ar livre após as autoridades fecharem o templo sob alegação de combate à pandemia.
Enquanto isso, o senador Josh Haley (Partido Republicano), enviou carta aberta à Comissão de Liberdade Religiosa Internacional dos EUA para que considerasse colocar o Canadá em sua lista especial de vigilância.
“Estou preocupado que nossos vizinhos canadenses estejam efetivamente sendo forçados a se reunir em locais secretos e não revelados para exercer sua liberdade básica de culto”, escreveu Hawley.
“Francamente, eu esperaria esse tipo de repressão religiosa na China comunista, não em uma nação ocidental proeminente como o Canadá”, acrescentou o senador Hawley, referindo-se em sua carta às prisões dos pastores James Coates e Tim Stephens em Alberta.
Coates passou um mês na prisão depois de violar uma condição de fiança para não realizar cultos, que segundo as autoridades, estariam ignorando as medidas contra a COVID-19 no que se refere a limites de capacidade, distanciamento físico e uso de máscara.
O pastor Coates, líder da Igreja GraceLife, foi libertado em 22 de março após se declarar culpado e foi multado em US$ 1.500. Ele argumentou que as regulamentações provinciais destinadas a conter a disseminação da pandemia infringiam seu direito constitucional e de seus membros à liberdade de religião e reunião pacífica.
Já o caso do pastor Stephens vem sendo cuidado pelo diretor de litígio Jay Cameron, do Centro de Justiça para Liberdades Constitucionais.
Cameron acusou a secretaria de saúde da província de Alberta de estar “envolvida em um ato intencional de engano público e abuso de autoridade ao prender o pastor Stephens e outros”.
De acordo com informações do portal Global News, a Comissão de Liberdade Religiosa Internacional dos EUA enumera três requisitos para declarar que um país oprime a liberdade religiosa: deve ser sistemática, contínua e flagrante. Quaisquer dois deles são suficientes para serem colocados na lista especial de observação, que conta com países como Afeganistão, Egito, Cuba e Turquia.