A manutenção do funcionamento das igrejas durante a pandemia do novo coronavírus não foi algo simples, dado às medidas de contenção do Covid-19 impostas pelos estados e municípios, proibindo aglomerações em diversas regiões do país.
Muito embora o governo federal tenha considerado o funcionamento das igrejas um serviço essencial para a população, alguns pastores registraram dificuldades de manutenção dos cultos até mesmo cumprindo os protocolos de segurança, como o distanciamento social, uso de máscara e álcool em gel.
Diante dessa situação, os presidentes dos Conselhos Estadual e Municipal de Pastores do Mato Grosso do Sul resolveram recorrer ao Ministério Público da região para garantir o funcionamento das igrejas, defendendo a oferta dos serviços espirituais como algo fundamental para a população em um momento de apreensão.
“Viemos reforçar a importância do diálogo da igreja com o Ministério Público e dizer que somos solidários e trabalhamos para garantir a segurança da população que vai à igreja em busca do fortalecimento espiritual”, disse o presidente do Conselho Estadual, Wilton Acosta.
Felizmente, o procurador-geral de Justiça, Alexandro Magno, não se colocou contrário à solicitação dos líderes religiosos. Em vez disso, ele demonstrou concordar com o pedido, revelando o entendimento positivo da procuradoria no sentido de reconhecer o papel desempenhado pelas igrejas.
Segundo Magno, o MP atua na pandemia “para garantir a liberdade religiosa à luz da Constituição Federal e é solidário à necessidade de o cidadão buscar o fortalecimento espiritual para enfrentar este momento tão difícil que afeta a vida de todos.”
Segundo informações do Enfoque MS, os pastores também se reuniram com o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), e o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), a fim de tratar sobre os decretos que ainda vigoram na cidade. Um deles determina o toque de recolher das 22h até às 5h do dia seguinte. Veja também:
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