Um novo estudo realizado pela Sociedade Bíblica Americana constatou que quase um em cada quatro adultos da chamada geração Z acredita que Jesus foi um homem que pecou como todos os outros, negando a verdade bíblica sobre o Filho de Deus.
As pesquisas conduzidas para a SBA foram detalhadas no relatório “State of the Bible 2022”. Anteriormente, a entidade havia revelado que a mesma pesquisa mostrou uma “queda sem precedentes” no número de leitores da Bíblia Sagrada nos Estados Unidos.
Agora, os novos dados indicam que 38% das pessoas com idades entre 18 e 25 anos acreditam que “Jesus Cristo era humano e cometeu pecados, como outras pessoas”.
Os números mostram que essa descrença na divindade de Jesus parece generalizada, pois cerca de um terço dos indivíduos de gerações anteriores, como as chamadas geração Y, geração X e baby boomers (pessoas mais velhas, nascidas no período posterior ao fim da Segunda Guerra Mundial), acreditam que Ele pecou.
No caso da geração Y, 35% das pessoas acreditam que Jesus teve pecados; já na geração X, o número sobe para 37%; e entre os baby boomers, essa é a percepção de 35%.
De acordo com informações do portal The Christian Post, adultos norte-americanos com 77 anos ou mais são menos propensos a acreditarem em um Jesus diferente do que diz a Bíblia Sagrada: a penas 26% dessa geração mais velha acredita que o Filho de Deus teve pecados.
As descobertas foram detalhadas no capítulo 2 do relatório “State of the Bible” de 2022 divulgado este mês, apresentando dados compilados pela SBA em colaboração com a Universidade de Chicago.
Ao todo, 2.598 adultos norte-americanos foram entrevistados em janeiro através de questionários online ou por telefone, em todos os 50 estados e no Distrito de Columbia. O estudo tem uma margem de erro de aproximadamente 2,5%.
A pesquisa descobriu que 18% de todas as faixas etárias que se dedicam à leitura da Bíblia Sagrada acreditam que Jesus teve pecados. Diante disso, pesquisadores da Sociedade Bíblica Americana definiram o comprometimento com a Bíblia como um processo indispensável.
“A interação consistente com a Bíblia [é o] que molda as escolhas de uma pessoa e transforma seus relacionamentos com Deus, consigo mesmo e com os outros”, diz o relatório.
A incredulidade sobre a divindade de Jesus sobe entre o grupo de pessoas que não se comprometem com a leitura da Bíblia Sagrada: 43% destes afirmaram que o Filho de Deus cometeu pecados.
Pregar em todo tempo
John Plake, diretor de inteligência ministerial da SBA e editor-chefe da série “State of the Bible”, comentou o cenário afirmando que esse tipo de confusão secular sobre a teologia cristã é uma oportunidade para os cristãos anunciarem a verdade:
“Ouço estatísticas [como essas] e estou menos preocupado com as suposições nacionais ou geracionais sobre a dualidade de natureza de Jesus ou escolha de seu ponto particular de doutrina aqui. Estou mais preocupado que apontemos as pessoas para a Palavra de Deus. Nós os levamos até lá, eles encontrarão sabedoria, encontrarão esperança para suas lutas e, se pudermos ajudar as pessoas a se conectarem profundamente com a Bíblia, os desafios doutrinários serão resolvidos”.
Ele pontuou que que a cultura secular vem tentando desmoralizar a Igreja de Cristo há milênios: “A cultura tenta dobrar a doutrina para se adequar às suas próprias categorias e estruturas, e tem sido assim desde o livro de Atos. Não é novidade para a América. Não é novidade no século 21. De certa forma, todas as culturas do mundo são contra Cristo”.