Confiar nos propósitos de Deus quando tudo está ocorrendo bem parece mais fácil, afinal, não temos do que reclamar quando lidamos com situações de conforto. Entretanto, é na hora da dificuldade que temos a oportunidade de reconhecer, verdadeiramente, qual é a natureza da nossa fé, como testemunha uma mulher cristã chamada Kayleigh Ferguson-Walker.
O sonho de ter o segundo filho de Ferguson e seu marido, Ramon, ia bem, até que por volta do sexto mês de gestação seu bebê foi diagnosticado com uma grave doença, onde os médicos foram obrigados a interromper a gravidez, forçando um parto prematuro. Infelizmente o bebê não resistiu.
Em consequência da complicação, Ferguson teve uma infecção bacteriana, resultando em sepse, comprometendo, assim, o funcionamento de órgãos vitais como o coração, pulmões e fígado pela disseminação da doença em seu corpo. Ela ficou entre a vida e a morte.
“Eu senti como se minhas mãos estivessem amarradas e eu não pudesse fazer nada. Eu tinha que confiar nos médicos e nas enfermeiras. Eu não podia fazer nada fisicamente para ajudá-la. Então, foi muito desafiador para mim ver ela lutando”, disse Ramon à CBN News.
Para salvar a vida de Ferguson antes que a doença tomasse conta dos seus órgãos, os médicos precisaram amputar os dois braços e pernas dela. “Eu questionei a Deus: por que ela? Por que todos os quatro? Eu fiquei brava com Ele, muito brava. Porque como Você pode fazer isso? Ela sempre foi cristã, sempre foi crente”, disse sua mãe, Laurel Robinson.
Ferguson também enfrentou os mesmos questionamentos, mas ela sabia que a permissão de Deus diante das dificuldades cumprem propósitos maiores do que nossa própria visão e desejos diante da vida. Ela simplesmente decidiu confiar.
“Eu perguntei a Ele por que eu? Por que todos os quatro [membros]? Por que não apenas um? Por que não apenas um braço? Uma perna? Por que todos os quatro? Mas eu pensei: estou nessa condição, Você só vai ter que me fortalecer muito mais. Eu vou ter que continuar”, lembra ela.
Após o procedimento, Ferguson retornou a sua vida e igreja. Ela não colocou em sua mente a ideia de incapacidade. Seu foco está no que é capaz de fazer. “Eu me desafio muito sobre o que eu posso fazer ao invés de me sentar aqui e dizer: ‘eu não posso fazer nada, não tenho membros’ — não, eu não consigo pensar assim”, disse ela.
A vida de Ferguson se tornou um testemunho de fé para seus amigos, irmãos da igreja e também a equipe médica que lhe operou. Hoje ela entende que o sofrimento pelo qual passou serviu de bandeira para que o nome de Cristo seja anunciado para o mundo. Você não está lendo sua história por acaso.
“Não importa o que você está passando, Deus ainda está lá e Ele continua sendo Deus”, conclui ela.