Uma igreja localizada em Laurel, no Condado de Prince George’s, Estados Unidos, continua travando uma batalha judicial para conseguir exercer a sua liberdade religiosa. Isso, porque, a Prefeitura do estado de Maryland proibiu que a denominação realize cultos, mesmo dentro do próprio espaço.
A igreja comprou o estabelecimento com a intenção de fazer dele um polo evangelístico. Para isso, eles abriram uma cafeteria, onde durante a semana distribuem refeições para os moradores de rua, enquanto no final de semana utilizam o mesmo espaço para a realização dos cultos.
“Estamos tentando representar o tremendo amor de Deus. A comunidade é o nosso primeiro investimento; depois disso, trazemos café (artesanal)”, disse o reverendo Jeremy Tuinstra, segundo informações da CBN News. A organização Aliança em Defesa da Liberdade (ADF), que assumiu a defesa da igreja, também se manifestou sobre o caso, explicando o propósito da congregação:
“A igreja comprou a propriedade com a expectativa e a esperança de usá-la para uma casa de culto e também para uma cafeteria durante a semana como parte do ministério da igreja”, declarou Christiana Holcomb, assessora jurídica da ADF.
Mudança estranha nas leis
Holcomb explicou algo muito intrigante. Ela disse que apenas três dias depois da Prefeitura fazer uma vistoria no estabelecimento da igreja, várias leis que regulamentam o funcionamento de organizações de caridade e religiosas foram modificadas:
“Primeiro proibiu organizações sem fins lucrativos e depois mudou a lei para tornar as atividades dos templos restritas à sua linha de zoneamento”, disse ela.
Na prática, a Prefeitura procurou dificultar a realização dos cultos, estipulando até uma multa semanal de US$ 250 caso a igreja descumpra a ordem de não realização das atividades religiosas, um valor que a congregação não pode arcar, por ser muito pequena, com cerca de 20 pessoas. “Então eles foram forçados a parar de se reunir para os cultos de adoração em seu próprio prédio”, disse Holcomb.
Atualmente a ADF entrou com uma representação contra a Prefeitura, pedindo a revogação da proibição, por considerá-la inconstitucional: “Isso viola a lei federal. A lei federal deixa muito claro que as cidades não podem discriminar os usos religiosos e permitir usos seculares”, conclui Holcomb.