O mundo se “acostumou” a ver casos de perseguição religiosa aos cristãos em regiões específicas do planeta, tais como no Oriente Médio, onde o maior fator é o radicalismo islâmico, ou na Ásia, onde existem regimes ideológicos autoritários, como na China e Coreia do Norte. Porém, as atrocidades chegaram à Europa.
Em 2019 a Europa também se tornou palco de um cenário anticristão como nunca antes havia existido nos últimos séculos, segundo um relatório publicado pelo Gatestone Institute no começo deste ano.
O documento chama atenção para os atos de vandalismo contra os templos cristãos, uma prática que se tornou cada vez mais frequente ao longo do ano, cometida por diversas razões, tais como o ativismo ideológico do movimento feminista pró-aborto.
“A questão do vandalismo anticristão foi timidamente relatada pela mídia europeia até fevereiro de 2019, quando vândalos atacaram nove igrejas em um espaço de duas semanas. A questão voltou às manchetes em abril de 2019, quando um incêndio suspeito destruiu a icônica Catedral de Notre Dame em Paris”, diz o relatório.
O Instituto aponta que esses ataques não são por acaso. Eles carregam um simbolismo que, na prática, se trata de um ato contra os valores cristãos representados pelas construções históricas.
O texto cita uma declaração de Annie Genevard, membro do parlamento do partido Os Republicanos, onde ela afirma que “procurar destruir ou danificar obras cristãs é uma maneira de ‘destruir tudo e começar do zero’.”
“A violência contra lugares cristãos acontece com maior frequência na França, onde igrejas, escolas, cemitérios e monumentos são alvo de atos de vandalismo, são profanados e incendiados, ataques que ocorrem em média três vezes por dia de acordo com estatísticas do governo”, acrescenta o relatório.
A onda de perseguição aos valores cristãos já se espalhou para outros países da Europa, além da França, onde a “islamização” radical do país ganhou força com a imigração em massa de refugiados da Síria nos anos anteriores.
“Na Alemanha os ataques contra igrejas cristãs ocorrem em média duas vezes por dia, segundo registros da polícia”, observa o Gatestone. “Ataques a igrejas e símbolos cristãos também são corriqueiros na Bélgica, Grã-Bretanha, Dinamarca, Irlanda, Itália e Espanha”.
“Os ataques ocorrem em grande medida contra lugares e símbolos da Igreja Católica Romana, muito embora igrejas protestantes também estejam sendo atacadas na Alemanha”, encerra.