A pornografia é uma dificuldade real e presente no ministério dos pastores, e parece atingir essa classe de maneira ainda mais abrangente do que a média da população em geral.
Uma pesquisa realizada pelo Barna Group constatou que “a maioria dos pastores sênior (57%) e dos pastores de jovens (64%) admite lutar ou ter lutado com a pornografia”, pontuou o relatório do estudo.
O levantamento, realizado online com mais de três mil pessoas, sendo que 770 eram pastores, foi encomendado pelo Ministério Josh McDowell e pela CRU, uma organização missionária baseada na Flórida.
“Em geral, 21% dos pastores de jovens e 14% dos pastores sênior admitem estarem lutando contra o consumo de pornografia”, apontou o relatório, mostrando uma tendência de queda no envolvimento com a pornografia, já que o índice que soma o contato com pornografia no passado, supracitado, é maior.
A pesquisa apontou que 12% dos pastores de jovens e 5% dos pastores sênior admitem ser viciado. No caso dos primeiros, quase a totalidade (14%) é dependente de vídeos e imagens de sexo.
O Barna Group, entidade especializada em pesquisas de mapeamento do comportamento evangélico nos Estados Unidos, mostrou ainda que a média da população em geral que consome pornografia, 47% dos homens e 12% das mulheres, é menor do que a média dos pastores envolvidos com os materiais de sexo, que são 57% entre os sêniores e 64% no caso dos jovens.
Abrangendo os dados dos cristãos em geral, o relatório da pesquisa mostrou que 27% dos homens cristãos e 6% das mulheres cristãs buscam ativamente por pornografia uma ou duas vezes por mês.
Novamente, a presença da pornografia é maior que a média quando se trata de pastores: 50% dos pastores de jovens e 37% dos sêniores admitiram que acessaram sites que sabiam que eram pornográficos, embora não necessariamente tenham navegado ou permanecido nele por muito tempo.
Mesmo sendo um problema que atinge a sociedade de forma, digamos, democrática, pois não está isolado a classes sociais, gêneros, idade ou etnia, quem tem problemas com a pornografia não recebe muita compreensão: 40% dos adultos dos cristãos disseram que pastores que consumem pornografia deveriam ser demitidos ou convidados a renunciarem ao ministério, enquanto 30% disseram que eles devem sair em licença até se livrarem do problema.
A mesma pergunta obteve respostas mais lenientes entre os pastores, mostrou o relatório. Somente 8% afirmaram que colegas que consomem pornografia devem sair de seus cargos; e 80% recomendou que pastores que lutam com a pornografia devem buscar acompanhamento psicológico profissional, e 60% disseram que tais problemas devem ser admitidos perante a um grupo de cristãos maduros, mesmo que seja junto a um colega pastor, opção sugerida por 45%.