Cuidar da educação dos filhos na atual geração é um desafio para muitas famílias, viso que a influência externa, como das mídias em geral, exerce muitas vezes um papel contrário ao ensinado pelos pais. Quando se trata de orientação espiritual não é diferente e essa responsabilidade se torna ainda maior.
É o que pensa a pesquisadora Ruth Powell, que é Diretora de Pesquisa da National Church Life Surveys (NCLS). Ela explica que “os membros da família são fundamentais para compartilhar a fé”, frisando a importância dos pais para a educação espiritual dos filhos.
“Quando você descobre por que alguém é cristão hoje – quem era o modelo – é um membro da família. É a mãe deles primeiro, seguida pelo pai, outros membros da família, muitas vezes avós”, disse ela.
“E eles dizem ‘estas são as pessoas que me mostraram o que era a fé e transmitiram a fé para mim’. Se queremos investir na vida espiritual, isso é fundamental”, destacou Ruth em uma conferência realizada recentemente, segundo informações da Eternity News.
Para Ruth, o evangelismo em família é a ferramenta primordial para o futuro da Igreja, pois é no seio materno e paterno que às crianças são educadas desde o berço. Os pais, portanto, precisam ter a consciência de servirem de modelos para os filhos.
“Acho que sentimos falta de ferramentas quando tentamos levar as pessoas a compartilhar fé com os outros. Precisamos praticar, aprender e investir em ajudar as famílias a compartilhar a fé com os membros da família, porque é aqui que os resultados aparecem”, disse ela.
A pesquisadora chama atenção das igrejas para investir na área familiar, capacitando os pais e outros para que possam saber compartilhar a fé cristã com os filhos.
Outro ponto importante apontado por Ruth é sobre a variedade cultural nas igrejas, já que a era atual é mundialmente conectada pela tecnologia e pela lógica operacional da globalização.
Ou seja, a presença de pessoas de origens diferentes na igreja, para a pesquisadora, cria uma diversidade que ajuda no aprendizado de todos e na melhor expansão do Evangelho.
“Precisamos construir relacionamentos dentro de igrejas multiculturais. Isso faz parte do futuro quadro saudável da igreja”, disse ela.
“Temos que ser intencionais e estratégicos e ajudar nossas igrejas a criar comunicação e confiança intercultural, e isso fará parte da construção de uma igreja saudável no futuro”, conclui.