O departamento de polícia localizado na cidade de Tulsa, Oklahoma, nos Estados Unidos, está sendo processado por demitir um policial, supostamente, por ter feito publicações consideradas “islamofóbicas” e conservadoras.
O Centro Americano de Direito da Liberdade (AFLC, sigla em inglês) entrou com um recurso contra a cidade e o chefe de polícia Chuck Jordan, alegando que ambos violaram os direitos civis federais do policial, Wayne Brown, precisamente a Primeira e 14ª Emenda da Constituição Americana.
“Em um ato covarde de correção política, a cidade de Tulsa e seu chefe de polícia demitiram um bom oficial porque ativistas políticos de esquerda locais reclamaram de certas postagens no Facebook supostamente feitas por nosso cliente vários anos antes de sua contratação como oficial de Tulsa”, disse Robert Muise, co-fundador da AFLC.
Brown perdeu o seu emprego em 4 de setembro de 2018. Em seu Facebook, segundo informações do portal WND, ele publicou mensagens como “eu apoio Darren Wilson” e um alerta dizendo: “Veja o que está acontecendo hoje em Austin, no Texas”, com a imagem do “Dia Muçulmano do Texas”.
Em outra publicação ele escreveu: “Não se importe comigo, apenas regando meus hippies”, com a imagem de um policial usando uma mangueira de água nos manifestantes.
Para a defesa de policial, a demissão do policial foi por motivação ideológica e religiosa, visto que ela foi comemorada na época pelo afiliado de Oklahoma do Conselho de Relações Americano-Islâmicas (CAIR, sigla em inglês), segundo consta no processo.
“As pessoas que se opõem ou criticam a agenda nefasta e islâmica do CAIR são rotuladas pelo CAIR como ‘islamófobas’, em um esforço para marginalizar e, finalmente, silenciar seu discurso”, diz o documento.
Antes de ser demitido, Brown já havia sido criticado por um integrante do CAIR alegando que Brown “tem preconceitos em relação às pessoas que praticam o Islã e os negros americanos”.
“Parece que o CAIR pode desempenhar um papel importante na demissão de nossos clientes. Pretendemos descobrir isso durante o curso das investigações”, informou o advogado do policial, David Yerushalmi, que pede de indenização ao Estado US$ 175.000 em dados morais pela demissão do seu cliente.