O Partido Republicano Brasileiro (PRB) iniciou recentemente uma série de manobras para desvincular sua imagem à da Igreja Universal. Conhecido por sua forte ligação com a igreja liderada pelo bispo Edir Macedo, o partido começa agora uma série de mudanças em suas lideranças de forma a deixar de ser um partido com vínculos religiosos.
As mudanças no partido começarão por São Paulo, com a nomeação de Marcos Cintra, ex-secretário municipal do Desenvolvimento Econômico e do Trabalho de Gilberto Kassab (PSD), para a presidência estadual da sigla. Cintra vai substituir o deputado federal Vinicius Carvalho, ligado à igreja. Porém, comando municipal do partido na capital paulista continuará nas mãos de um membro da IURD, Aildo Rodrigues.
Em entrevista ao Estadão, Cintra falou de sua nomeação e afirmou que a legenda precisa se tornar laica, confirmando que sua nomeação tem como objetivo desvincular o partido da igreja.
– Acho importante contribuir para tirar essa característica religiosa do partido. É algo que ele não deve ter, não pode ter. Um partido, para chegar a ser de porte médio ou grande, precisa ser laico, capaz de absorver todas denominações e ao mesmo tempo não ser dominado por nenhuma – explicou.
– Lembro que na campanha do Russomanno a imagem era de um partido evangélico, mais especificamente da Igreja Universal. Eu acho que o desafio é exatamente desfazer essa imagem: mostrar que ele é laico e moderno – completou o futuro presidente paulista do PRB.
Em âmbito nacional o comando do partido não vai sofrer mudanças imediatas, continuando sob a presidência de Marcos Pereira, bispo licenciado da Universal.
Cintra falou também sobre as metas do partido para 2014, afirmando que o plano é de ampliar a bancada da legenda na Câmara de 10 para 25 deputados federais.
– A meta do presidente (Marcos Pereira) é chegar a 25 em 2014. Acho que é absolutamente viável – ressaltou o ex-secretário de Kassab.
Por Dan Martins, para o Gospel+