A aprovação de um projeto de lei que criou o “Dia da Esposa do Pastor” em uma pequena cidade mineira causou grande polêmica e inúmeros protestos nas redes sociais.
A iniciativa da vereadora Andréia Botelho (PSL) conseguiu aprovação unânime na Câmara Municipal de Coronel Fabriciano (MG) no último dia 10 de março e agora a lei foi sancionada pela prefeita Rosângela Mendes (PT).
A cidade mineira tem aproximadamente 100 mil habitantes e uma parte dos moradores usou a internet para protestar contra o projeto. No entanto, a prefeita Rosângela Mendes argumentou que o projeto “não é inconstitucional”.
Rosângela disse ainda que “não detectou nenhum vício de formalidade”, e que “respeita todas as religiões, mas que o fator fundamental para a sanção da lei foi a legalidade da matéria, bem como o seu reconhecimento à autonomia e independência do Poder Legislativo”.
A autora do projeto, vereadora Andréia Botelho é evangélica e estabeleceu o dia 03 de março como o “Dia da Esposa do Pastor”. O argumento para a criação da data foi a necessidade de reconhecer a dedicação “daquela que defende e apoia a vida com Deus ao lado de seu esposo”.
Segundo informações do jornal Extra, “a data foi escolhida de propósito: a vereadora queria que o ‘Dia da Esposa do Pastor’ fosse comemorado no mesmo mês em que é celebrado o ‘Dia Internacional da Mulher’”.
Depois de ser muito criticada, a vereadora se justificou em sua página no Facebook, dizendo que a criação da data não vai gerar despesas para a prefeitura: “Trata-se de uma homenagem às esposas de pastores da cidade, tão importantes no meio evangélico, do qual faço parte. A prova maior de que a matéria não lesa o patrimônio público municipal é que a mesma é constitucional e foi aprovada por unanimidade pelo parlamento fabricianense, independentemente da coloração partidária […] Estão querendo induzir as pessoas de bem contra mim em razão do trabalho voluntário que realizo na cidade, por meio do Projeto Social de nossa autoria, que tão bem atende aos mais necessitados”, escreveu Andréia, dizendo-se vítima de perseguição.