A expansão do Estado Islâmico no Egito tem se traduzido em êxodo dos cristãos perseguidos, que deixam a região do Monte Sinai com a sensação de terror. A movimentação está gerando um novo foco de imigração, e diante desse cenário, a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, disse que é preciso agir para proteger os cristãos da perseguição.
Theresa ascendeu ao poder após a saída de David Cameron, que era um político de postura “progressista” e liberal, afeito às demandas por privilégios de ativistas LGBT e muçulmanos. Na última terça-feira, 28 de fevereiro, a primeira-ministra se reuniu com os principais líderes cristãos do país e garantiu seu compromisso com a defesa da Igreja Perseguida.
A primeira-ministra frisou que possui “uma enorme dívida de gratidão” para com a Igreja da Inglaterra, e que sabe que é preciso valorizar o impacto que o cristianismo causa na sociedade: “Obrigado por tudo que vocês dão ao nosso país e pela diferença que fazem em tantas vidas”, afirmou.
Cristã, Theresa May é filha do pastor anglicano Hubert Brasier, e ao longo de sua carreira na política sempre destacou que seguir os princípios bíblicos é parte importante em sua vida. “A fé é uma parte de mim. Uma parte de quem eu sou e de como decido as coisas”, afirmou recentemente em uma entrevista à BBC.
Falando sobre a Igreja Perseguida, Theresa May destacou seu compromisso com o apoio aos cristãos que sofrem por seguirem a Jesus: “É difícil compreender que hoje as pessoas ainda estejam sendo atacadas e assassinadas por professarem o cristianismo. Iremos tomar medidas adicionais como governo para apoiar a liberdade religiosa”.
Além de líderes da Igreja Anglicana – a religião oficial do país -, a reunião contou com a presença do cardeal católico do Reino Unido, Vincent Nichols, além de dezenas de pastores de igrejas menores.
Conservadora, Theresa May se indispôs recentemente com o arcebispo de Canterbury, Justin Welby, que é o principal líder da Igreja no país. Seu governo se opôs à entrada de crianças refugiadas de países muçulmanos. “A Igreja nem sempre concordará com tudo o que o governo diz – e o governo nem sempre concordará com a Igreja”, comentou na reunião.
“Em nosso país, temos uma tradição muito forte de tolerância religiosa e liberdade de expressão. Nossa herança cristã é algo que todos podemos nos orgulhar. Devemos assegurar que as pessoas possam falar livremente sobre suas crenças, e isso certamente inclui sua fé em Cristo”, frisou.