A postura crítica de pais cristãos diante das iniciativas doutrinárias na ideologia trans por parte de professores ativistas foi defendida por uma procuradora na Inglaterra durante um debate entre conservadores.
Suella Braverman, procuradora-geral da Inglaterra e do país de Gales, participou de um evento chamado “Policy Exchange”, considerado o maior laboratório de ideias entre políticos conservadores no país.
Em sua palestra, Suella afirmou que a promoção da ideologia trans nas escolas é preocupante pois transgride leis de educação infantil, interferindo na formação das crianças sem o conhecimento ou consentimento dos pais.
“Isso deve preocupar profundamente a todos os líderes escolares, pois muitos professores estão recebendo conselhos e treinamentos incorretos de autoridades locais, grupos LGBT e organizações de igualdade”, pontuou a procuradora-geral.
‘Escolas estão infringindo a lei’
Segundo Suella, milhares de escolas estão infringindo a lei ao ensinar a ideologia trans às crianças: “Estão fazendo a transição social das crianças, escondendo o currículo dos pais, permitindo que os meninos usem os banheiros das meninas e punindo funcionários e alunos que não concordam com a ideologia”, contextualizou.
De acordo com informações da entidade Christian Concern, a procuradora-geral classificou como “perigoso” o fato de que algumas crianças sejam levadas a fazer procedimentos obrigatórios, médicos ou cirúrgicos, de forma precipitada:
“Pior ainda, se isso for feito sem o conhecimento ou consentimento dos pais da criança. As escolas estão erradas em tratar as crianças como transgêneros, uma vez que menores de 18 anos não podem obter um certificado de reconhecimento de gênero”, disse ela.
Banheiro unissex
Suella afirmou que há uma mobilização difamatória contra professores e pais que recusam a adotar mudanças de nomes e pronomes solicitadas por crianças e adolescentes que se identificam como transgêneros.
Ela também protestou contra a estratégia adotada por algumas escolas, que transformaram todos os banheiros em unissex, além de ocultarem parte do conteúdo que é ensinado aos alunos:
“Os pais têm o direito sob a ‘Lei de Liberdade de Informação’, de solicitar acesso a materiais didáticos usados nas escolas de seus filhos, que são financiadas pelo Estado. Eles têm o direito de saber o que é ensinado a seus filhos. Em relação à Lei da Igualdade, o principal problema é que as empresas e instituições estão interpretando mal essas leis e aplicando uma obrigação moral que vai além da lei”, protestou.
Suella incluiu em seu discurso a questão delicada de famílias conservadoras ou cristãs, frisando que são cidadãos que discordam do que está sendo ensinado nas escolas:
“Os pais têm sido colocados em situações traumáticas quando enfrentam as abordagens escolares ímpias sexualizadas e secularizadas. A liberdade dos cristãos, e de seus filhos, de discordar e permanecer contra a cultura está continuamente sob ameaça”, destacou a procuradora-geral em seu discurso no evento conservador.