A psicóloga Patrícia Teixeira, que chegou a ter o seu registro profissional cassado pelo Conselho Regional de Santa Catarina (12ª região), comentou a forma como se sentiu ao ser perseguida por expressar a sua visão acerca da ideologia de gênero e da família tradicional,
Patrícia gravou um vídeo em 2015, onde apareceu alertando a sociedade sobre os efeitos da falaciosa ideologia de gênero e também defendendo o modelo familiar bíblico, composto por homem, mulher e filhos. Como resultado, ela vem travando uma batalha judicial contra o CRP-12 desde então.
Após ter o registro cassado no final do ano passado, Patrícia Teixeira entrou com uma liminar na justiça, obtendo a vitória recentemente, o que lhe permitiu recuperar o registro e voltar a trabalhar como psicóloga.
“Me senti injustiçada, entendo que a cassação é uma medida extrema e descabida para a situação”, disse ela em uma entrevista ao Gospel Prime. “Nunca respondi a processo nenhum! Nem cível, nem penal, nem administrativo. O processo ético instaurado pelo CRP-12 foi o primeiro contato que tive com processo na minha vida”.
Sem fundamentação científica
A cassação do registro de Patrícia Teixeira foi baseada na visão dos conselheiros do CRP-12, a qual não é, necessariamente, compartilhada por outros profissionais da psicologia, nem de outras áreas do conhecimento humano.
O tema ideologia de gênero e “família tradicional” é amplo e plenamente discutível no mundo científico, algo que não encontra consenso suficiente para servir como objeto de punição dos psicólogos que discordam do entendimento predominante da categoria.
Com base nisso, Patrícia Teixeira argumentou que a decisão contra ela foi “não só arbitrária, mas também descabida, desproporcional, ilógica, algoz, tendenciosa, discricionária, infundada e sem base científica”.
A psicóloga, que é cristã, criticou a forma como ativistas “colam” certas perspectivas na sociedade como se fossem dogmas, isto é, verdades absolutas impossíveis de serem questionadas, sendo boa parte disso promovido pelo ativismo político-ideológico.
“Penso que muitos representantes públicos deixam de se posicionar de maneira imparcial, impondo suas convenções políticas, ideológicas e morais”, disse ela, ressaltando que eles “colocam uma pá de cal na discussão das ideias pelos diversos grupos contrapostos na sociedade civil, determinam suas conjecturas científica e colam sobre a discussão o seu selo da verdade”.
Por fim, Patrícia Teixeira concluiu dizendo que apesar da perseguição ideológica e também religiosa promovida pelo Sistema Conselho de Psicologia contra certos psicólogos, muitos colegas de profissão lhe deram apoio em várias partes do país, o que indica uma conscientização cada vez maior desses profissionais sobre a necessidade de se resgatar a cientificidade na psicologia brasileira.
“Centenas de profissionais de todo canto do Brasil vem manifestando seu apoio e indignação ao caso, a maioria concorda que minha fala no vídeo sobre a ideologia de gênero é a mesma conceituação apresentada pelos maiores estudiosos do mundo sobre o assunto, e portanto, não veem nenhuma irregularidade nem motivo que justifique a cassação”, concluiu Patrícia.