O pastor Jefferson Barros, candidato a deputado federal pelo PSOL e a deputada Janira Rocha, candidata à reeleição pela mesma sigla, voltaram ao centro das atenções no partido.
Recentemente, Barros teve a candidatura recusada pelo diretório estadual do PSOL, que o acusou de ser um infiltrado do pastor Silas Malafaia para atrapalhar a reeleição de Jean Wyllys. No entanto, ambos os pastores negaram envolvimento e a convenção nacional do partido acabou validando a candidatura do pastor, que conseguiu registrar seu nome no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Durante todo o debate interno, a deputada estadual Janira Rocha se manteve em defesa do direito do pastor Jefferson Barros se lançar candidato, o que desagradou os principais líderes do PSOL no Rio de Janeiro: o deputado federal Chico Alencar e o deputado estadual Marcelo Freixo.
Em retaliação, a direção estadual do PSOL decidiu excluir Janira e Barros dos programas de TV, sob alegação de que a deputada é acusada de estar envolvida em um escândalo de desvio de dinheiro de um sindicato, e o pastor seria aliado de Malafaia.
Como consequência, a convenção nacional do partido resolveu retaliar o diretório fluminense: “Irritada com a decisão do PSOL-RJ, controlado por Chico Alencar e Marcelo Freixo, a direção nacional resolveu vetar o repasse de recursos para campanhas no Rio de Janeiro”, informou o jornalista Lauro Jardim, em sua coluna Radar Online, no site da revista Veja.
A postura do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) no Rio de Janeiro é apenas uma amostra das disputas internas que acontecem em todo o Brasil. A candidata à presidência pela sigla é Luciana Genro, do Rio Grande do Sul, que substituiu o senador Randolfe Rodrigues, do Amapá, após desavenças sobre a estratégia de campanha.
Uma das fundadoras do partido, ex-senadora Heloisa Helena (e que concorre novamente ao Senado), também estaria pronta para deixar o partido e migrar para a Rede Sustentabilidade assim que Marina Silva conseguir o registro junto à Justiça Eleitoral.