Um rabino ultra-ortodoxo muito influente na comunidade judaica está exortando os fiéis a queimar seus iPhones. O movimento visa a que seus participantes se apartem do mundo exterior de modo a não influenciarem seus padrões e valores como modéstia.
O decreto do rabino Chaim Kanievsky, de 84 anos, foi dado antes do Yom Kippur, o dia mais sagrado do judaísmo e um período de instrospecção religiosa, segundo o Huffington Post. Ele disse que proibiu a si mesmo de possuir um smartphone e quem tivesse um desses aparelhos deveria queimá-lo.
A orientação visa evitar as tentações da internet, devido aos perigos inerentes ao conteúdo que pode ser acessado via computadores e smartphones.
Essa mensagem foi pregada em um estádio de Nova York em maio, por um grupo de líderes e rabinos a uma multidão com longas roupas negras, típicas dos judeus ortodoxos. A mesma mensagem foi ouvida por milhares de judeus também em Londres e Jerusalém, onde foi retransmitida.
Após o decreto, foram colocados cartazes em diversos bairros ultra-ortodoxos de Jerusalém, que classificaram o IPhone de “abominação 24 horas ao dia”.
Além disso, o grupo ultra-ortodoxo recomendou que dono de iPhones sejam retirados dos seminários religiosos e ainda que os filhos sejam mantidos longe de usuários de iPhones.
Todo esse movimento vai na contramão do burburinho criado em torno do lançamento do iPhone 5. Apesar da proibição religiosa, os grandes jornais israelenses noticiam quase que diariamente todas as novidades do famoso smatphone.
Celular kosher
Alguns judeus ultra-ortodoxos passaram a exibir o que agora passou a ser conhecido como “celular kosher”. Estes são aparelhos simples, com o acesso à internet e recursos de vídeo bloqueados e carimbado com um selo de aprovação rabínico. “iPhones são perigosos”, dizem eles em uníssono.
“Ele assume sua vida. E assume sua mente”, disse Yitzhak Kabalo, operador de telemarketing em instituições de caridade ultra-ortodoxas.
Por Jussara Teixeira para o Gospel+