A situação dos cristãos perseguidos na Índia continua agravando. Com a ascensão de partidos ultranacionalistas, o extremismo religioso de grupos hindus tem provocado ataques contra a população cristã, deixando vários gravemente feridos e até mortos.
A Comunhão Evangélica da Índia (CEI) denunciou recentemente que houveram cerca de 18 ataques aos cristãos próximo ao dia de comemoração do Natal. A intenção, ao que parece, foi tentar impedir a celebração do nascimento de Cristo.
O pastor Vijayesh Lal, secretário-geral da entidade, informou que na vila de Kowad, um dos locais mais atacados, homens mascarados invadiram o templo de uma igreja durante o culto, em 23 de dezembro, agredindo os cristãos locais. Sete deles tiveram que ser socorridos no hospital e três ficaram gravemente feridos.
Já na Igreja New Life Fellowship pelo menos 20 homens armados com facões, facas, pedras e garrafas de vidro também invadiram o local proferindo gritos de guerra em alusão aos deuses hindus. 40 pessoas estavam no culto e 11 mulheres também foram agredidas, incluindo a esposa do pastor.
“Eu moro aqui desde o ano 2000”, disse Bhimsen Ganpati, o líder da congregação. “Já enfrentamos algumas posições antes, mas nunca um ataque desse tipo”.
A violência contra os cristãos na Índia é resultado da ação de extremistas que pregam a “pureza” religiosa no país, querendo tornar o hinduísmo a única religião oficial do Estado. Para isso, os radicais promovem esses ataques visando forçar a fuga dos cristãos ou a conversão forçada ao hinduísmo.
“Todos os dias, novos relatos de perseguição chegam do que parece ser de cada canto da Índia”, disse William Stark, gerente regional da International Christian Concern (ICC), em outra ocasião.
“Muitos cristãos temem que isso possa ser o novo normal para sua comunidade, já que os radicais hindus foram autorizados a atacar cristãos e outras comunidades minoritárias com impunidade”, conclui.