A discordância em relação à união entre pessoas do mesmo sexo resultou numa denúncia contra uma juíza cristã que se recusou a celebrar a cerimônia entre homossexuais.
A juíza Dianne Hensley recebeu um aviso público da Comissão de Conduta Judicial do estado do Texas (EUA) depois que afirmou que uma pessoa “crente na Bíblia” como ela não poderia celebrar a união homossexual.
De acordo com informações da Fox, a juíza de paz Dianne alegou “isenção religiosa” como motivo para se recusar a conduzir a cerimônia entre pessoas do mesmo sexo, e continua celebrando casamentos pois enxerga essa instituição como a Bíblia define: união entre homem e mulher.
A denúncia feita contra a juíza diz que Dianne Hensley “pôs em dúvida sua capacidade de agir de forma imparcial com as pessoas que se apresentavam perante ela como juíza, devido à sua orientação sexual”.
A medida adotada pela Comissão de Conduta Judicial, um aviso público, é a segunda mais grave prevista nas medidas disciplinares. Os comissários poderiam, por exemplo, suspendê-la do cargo ou imporem uma reeducação jurídica.
Dianne Hensley atua como juíza de paz desde 2014, um ano antes da legalização da união entre pessoas do mesmo sexo no Texas e nos EUA, essa segunda por uma decisão da Suprema Corte.
Em sua defesa, Dianne afirmou que costuma avisar os homossexuais que a procuram que não está disponível e oferece uma lista de outros juízes que celebram uniões do mesmo sexo. A mensagem entregue pelos assistentes da juíza às pessoas diz o seguinte: “Sinto muito, mas a juíza Hensley tem uma sincera crença religiosa cristã, e não poderá realizar nenhum casamento entre pessoas do mesmo sexo”.
O juiz do condado de McLennan, Scott Felton, defendeu a juíza Dianne e pontuou que, como funcionária eleita, ela tem o direito de administrar seu escritório da maneira que desejar. Agora, ela precisa apresentar sua defesa da sanção até o começo de janeiro e solicitar a nomeação de três juízes de apelação para rever a situação.