A juíza cristã que foi penalizada publicamente por se recusar a celebrar a união de duas pessoas do mesmo sexo devido às suas convicções bíblicas decidiu recorrer para manter seu direito à objeção de consciência e não ser obrigada a conduzir cerimônias civis para uniões homossexuais.
Dianne Hensley reagiu ao aviso público da Comissão de Conduta Judicial do estado do Texas (EUA) com uma ação na Justiça contra o Estado, afirmando que a advertência atenta contra sua liberdade religiosa.
Segundo informações da emissora Christian Broadcasting Network (CBN News), a juíza está sendo representada pela entidade First Liberty Institute, que se dedica a atuar em casos onde a liberdade religiosa está sendo ameaçada.
Os advogados do First Liberty Institute entendem que a Comissão Estadual violou a lei vigente, punindo a juíza por seguir sua fé ao alegar “isenção religiosa” para recusar pedidos de união entre pessoas do mesmo sexo em seu escritório.
A juíza e a entidade que a defende enfatizam que o Estado violou a Lei de Restauração da Liberdade Religiosa do Texas (RFRA), e com a ação na Justiça, esperam que ocorra “um julgamento declarativo do tribunal que decida que qualquer juiz de paz pode se recusar a oficiar um casamento do mesmo sexo se os comandos de sua fé religiosa os proíbem de participar de cerimônias de casamento do mesmo sexo”.
Para que os homossexuais que a buscavam não ficassem sem alternativas, a equipe da juíza costumava fornecer uma lista de outros juízes de paz que aceitavam realizar a cerimônia, incluindo até ministros religiosos alinhados com a teologia inclusiva.
Assim que foi comunicada da advertência, Dianne Hensley reagiu dizendo que não aceitaria ser punida “por fornecer uma solução para atender a uma necessidade da minha comunidade e permanecer fiel às minhas crenças religiosas”, e acrescentou: “Ninguém deve ser punido por isso”.
A denúncia apresentada contra Hensley aconteceu pelo fato de a juíza aceitar realizar casamentos tradicionais e negar celebrar as uniões homossexuais. Em sua defesa, Dianne Hensley afirma que fez essa escolha depois que a Suprema Corte dos EUA decidiu que uniões de pessoas do mesmo sexo são um direito constitucional. Desde então, ela passou a “referir educadamente” outros juízes de paz e ministros que prestariam o serviço.