O Governo chinês está observando como nunca antes na história do seu país a devoção racional ao verdadeiro e único Deus Criador vai na contramão da ideologia política que regula diversos aspectos da vida íntima do seu povo, menos a fé. Por conta disso, o Partido Comunista Chinês vem procurando intensificar medidas que visam suprimir o avanço do cristianismo no país nos últimos anos.
A agência internacional Associated Press informou que além de várias igrejas fechadas por ordem do Governo, até pinturas e símbolos que fazem referência ao cristianismo estão sendo eliminados, assim como cerimônias de batismos.
Um dos fieis testemunhou quando agentes do Governo invadiram um culto em sua igreja e ordenaram a retirada de uma pintura sobre a “Última Ceia”. Apesar disso, ele disse continuar clamando a Deus pelas autoridades. “Sempre orei pelos líderes de nosso país, para que nosso país pudesse ficar mais forte”, disse o homem de 62 anos na província de Henan.
O homem conta que vive o período de maior perseguição religiosa em seu país. “Eles nunca foram tão severos antes, não desde que comecei a ir à igreja nos anos 80. Por que eles estão nos dizendo para parar agora?”, questiona o idoso.
O grande marco divisório na relação do Governo chinês com às igrejas cristãs no país é o crescimento e consequente falta de “regulação”. O regime comunista do país só autoriza o funcionamento de igrejas que declaram fidelidade ao regime, e que para isso aceitam funcionar em prédios que pertencem ao regime.
Qualquer outra organização religiosa que não se submete a tais condições é considerada “clandestina”.
Como a fé cristã não se trata de ritos religiosos, ou seja, não precisa de dia e hora para existir, pois é uma vida diária de devoção a Deus, os cristãos se reúnem também nas chamadas “igrejas domésticas”, que são nada mais do que pequenos locais de encontros, para cultos nos lares e congregações menores.
A proliferação dessa modalidade de culto, natural em qualquer país onde há liberdade religiosa, está fazendo com que a fé cristã se espalhe significativamente, podendo transformar a China no país mais cristão do planeta até 2025, segundo especialistas, e isso é o que está preocupando o atual presidente, Xi Jinping.