Líderes de várias igrejas de matriz cristã se reuniram na última terça-feira (7) na Celebração Ecumênica na 57ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil. O objetivo foi promover a união das diferentes religiões em um prol de uma visão ecumênica acerca da fé cristã.
A pastora Silvia Genz, presidente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), disse que a união é um meio de combater o que ela chamou de “situações de morte” no Brasil.
“Ao rezarmos em conjunto e ouvirmos a palavra de Deus junto nos fortalecemos para enfrentar as situações de morte que o mundo hoje apresenta”, disse ela referindo-se aos líderes das igrejas.
Boas vindas às igrejas protestantes
Francisco Biasin, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso da CNBB, falou em nome da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil dando boas vindas aos representantes das igrejas protestantes.
“Damos as boas vindas a cada uma das irmãs e irmãos. Não apenas se sintam em casa, mas em família”, disse ele, segundo informações de O São Paulo.
A ênfase na busca pela justiça marcou a fala do padre Marcus Barbosa, assessor da Comissão para o Ecumenismo da CNBB. Ele disse que ao “orar juntos recordarmos que, como membros do corpo de Cristo, somos chamados a buscar e tornar visível a justiça”.
Estiveram presentes na reunião, além dos bispos da 57ª Assembleia Geral da CNBB, a pastora Silvia Genz, presidente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), padre Gregório Teodoro, da Igreja Ortodoxa Antioquena, o pastor luterano Inácio Lemke, presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), a pastora Anita Wright, moderadora da Igreja Presbiterana Unida (IPU), a pastora da Igreja Presbiterana Unida (IPU), Sônia Mota, secretária executiva da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (Cese) e o pastor Paulo César Pereira, presidente da Aliança Batista do Brasil (ABB).
“Esse conceito é ambíguo”
Para o pastor Paulo Cristiano da Silva, co-fundador e vice-presidente do Centro Apologético Cristão de Pesquisas (CACP), a pretensão dos que adotam o ecumenismo é ambígua, pois ele não vê compatibilidade bíblica com tal proposta.
“Esse conceito é ambíguo, mas definitivamente já faz parte integrante da nossa cultura presente. Ele acredita que seja possível o relacionamento de pessoas com crenças e ideologias diferentes, sem que um tenha de sujeitar suas convicções ao domínio do outro. A ideia de converter alguém às suas próprias convicções é politicamente incorreta”, escreveu o pastor em um artigo no CACP.
O pastor destaca que há legitimidade na cooperação de alguns pontos, por exemplo, relacionados a questões sociais, mas que doutrinariamente há divergências inegociáveis para o cristão genuíno que tem a Bíblia como seu manual de fé e prática.
“Está na hora de acordarmos para a advertência do profeta, a qual, ecoa através do texto bíblico dizendo: ‘Acaso andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?’ [Amós 3:3]”, disse o pastor em outra ocasião.