Quando a intenção é perseguir cristãos, basta uma falsa acusação para que muitos sofram punições injustas em algumas regiões do planeja, como na República Islâmica do Irão, ou simplesmente Irã, como é mais conhecido o país localizado na Ásia Ocidental, famoso na antiguidade como sendo a Pérsia, citada diversas vezes pela Bíblia.
A organização internacional Mission Network informou que no dia 1° de julho agentes iranianos invadiram a casa de oito cristãos, apreendendo vários pertences deles, incluindo computadores, celulares e outros objetos pessoais.
Uma cristã já idosa, chamada Khatoon Fatolahzadeh também foi presa. Todos os cristãos foram acusados de realizar “propaganda contra o regime” iraniano, algo negado pelo observador Miles Windsor, da Middle East Concern.
“Eles não fizeram nada para minar o Estado ou espalhar propaganda contra o Estado”, declarou Windsor, explicando que a fé cristã é o real motivo das apreensões e não qualquer tipo de atitude ilegal contra o governo.
“Eles estão sendo presos por causa de sua fé no Senhor Jesus. Isso é verdade para muitos cristãos que enfrentam esse tipo de acusação”, disse ele, reforçando que “é muito importante orar para que nossos irmãos e irmãs [no Irã] sejam fortes em um contexto muito difícil”.
Os governos de outros países possuem papel fundamental no combate à perseguição religiosa em países como o Irã, que atualmente ocupa a 9° posição na lista de perseguição mundial da Portas Abertas.
Neste sentido, explica Windsor, é preciso haver mobilização para que os chefes de Estado, como já faz o governo americano de Donald Trump, se articulem para pressionar o Irã para que dê liberdade religiosa aos cristãos e outras minorias no país.
“Então, acho que a oração pela determinação contínua de nossos governos [é importante], mas também grande sensibilidade, nuance e sabedoria, dado o potencial de danos, apesar das melhores intenções”, conclui Windsor.
Críticas ao governo brasileiro
Os esforços em prol da verdadeira liberdade religiosa, partindo do governo brasileiro, especialmente no tocante aos cristãos, ainda precisam existir, segundo Déa Fernandes, diretora da organização Ecoando a Voz dos Mártires (Brasil).
Déa também é fundadora e porta voz do “Movimento pelo Reconhecimento do Genocídio de Cristãos e Minorias no Oriente Médio”. Em sua conta no Facebook ela se pronunciou sobre os recentes posicionamentos da ministra Damares Alves, da pasta de Direitos Humanos do governo Bolsonaro.
“A ministra Damares Alves recorreu à mídia gospel para anunciar em maio que o governo Bolsonaro seria voz dos cristãos perseguidos, mas, venho acompanhando as falas da referida autoridade, que foge de seu ‘compromisso’ e em seus discursos ‘politicamente corretos’ usa o termo ‘liberdade religiosa’ se negando a denunciar nos foros internacionais a cristofobia e genocídio de cristãos”, disse ela.
Déa Fernandes dá entender que a preocupação da ministra Damares Alves em não querer parecer radical tem feito com que ela deixe de tratar a perseguição religiosa aos cristãos da forma correta.
“Se alguém tem dúvida de que a ministra está seguindo a agenda progressista da ONU, basta ler o link oficial do Ministério dos Direitos Humanos, e perceberá que ela não menciona NADA sobre perseguição a cristãos em países muçulmanos e comunistas”, disse ela.