Dois empresários cristãos que fundaram uma revista dedicada a publicações sobre casamento decidiram fechar a empresa depois de terem se tornado alvo de uma campanha de boicote por terem optado por não publicarem fotos e matérias sobre parceiros do mesmo sexo.
A revista de casamento australiana White Magazine fechou as portas depois que anunciantes e profissionais passaram a se recusar a atuar ao lado da publicação. Os fundadores Lucas e Carla Burrell também relataram que sofreram pressões da militância LGBT após a aprovação da união entre pessoas do mesmo sexo no Parlamento do país, em dezembro do ano passado.
Como a pressão foi ignorada, anunciantes passaram a não mais recorrer à publicação para expor seus produtos e serviços, o que tornou a empresa “não mais economicamente viável”. O casal fundador fez uma publicação de despedida no blog da revista, contando os motivos da falência.
“A White Magazine sempre foi uma publicação secular, mas, como editores, somos cristãos. Não temos outra agenda a não ser amar. Não temos o desejo de criar uma guerra social, política ou legal, que só separa mais as pessoas e causa mais danos do que benefícios”, pontuaram os empresários, que também relataram hostilidade nas redes sociais por parte de ativistas.
“Recentemente, experimentamos uma inundação de julgamento. Sabemos que grande parte disso está atrelada ao simples fato de administrar uma revista pública. Mas nós também somos apenas dois seres humanos às voltas com essas grandes questões, como qualquer outra pessoa, e não temos todas as respostas”, disse o casal.
De acordo com informações do jornal O Globo, as críticas em massa também levaram profissionais que prestavam serviços à revista a se recusarem a fazer novos trabalhos. Uma das influenciadoras desse movimento foi a fotógrafa Lara Hotz, que já tinha produzido imagens para a capa da publicação em três ocasiões, fez críticas aos editores por não incluírem parceiros homossexuais nas matérias.